Rebeldes e forças ucranianas retomam os combates em Donetsk
Prefeito de Donetsk, Aleksandr Lukianchenko, recomendou aos cidadãos residentes nas zonas afetadas pelos bombardeios que não deixem suas casas sob nenhuma condição
Os rebeldes e as forças governamentais ucranianas retomaram hoje os combates nos arredores da cidade de Donetsk, onde se ouvem reiterados disparos de artilharia e sirenes de ambulância.
Segundo meios de imprensa locais, um prédio de nove andares situado entre o aeroporto e a estação de trem da cidade foi atingindo por um projétil.
"As balas silvavam acima de nossas cabeças", relatava uma mulher que apareceu chorando na sede do governo da autoproclamada república popular de Donetsk.
Aparentemente, os combates explodiram quando vários tanques das forças governamentais tentaram entrar na cidade, o que foi impedido pelos milicianos pró-russos.
A tensão era patente nas imediações do edifício, que é vigiado por várias dezenas de milicianos, enquanto na cidade mal se vê gente pelas ruas desde que os insurgentes impuseram o toque de recolher.
Pouco antes das 10h, hora local, se ouviram os primeiros disparos no bairro Oktiabrski, perto de um mercado de automóveis.
O prefeito de Donetsk, Aleksandr Lukianchenko, recomendou aos cidadãos residentes nas zonas afetadas pelos bombardeios que não deixem suas casas sob nenhuma condição. Além disso, informa que se restringiu o acesso por estrada na região e também o transporte por trem.
Putin responsabiliza Ucrânia por queda do voo MH17:
O aeroporto é há semanas a frente de batalha mais próxima a Donetsk, onde os rebeldes tiveram que render várias fortificações desde o fim do cessar-fogo do dia 28 de junho.
Segundo a agência EFE pôde constatar, no domingo vários caminhões com milicianos e peças artilharia deixaram a cidade, que está rodeada de inumeráveis postos de controle de estrada. "Muita gente se foi. Pelo menos, não voltarão até que comece a escola (1º de setembro). Todos as lojas estão fechadas", comentou à Efe um motorista.
Os hotéis de Donetsk estão quase vazios e seus únicos clientes são os repórteres que viajaram para a cidade para informar sobre a catástrofe do avião malaio que caiu na quinta-feira nesta região com 298 pessoas abordo.
Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu com 295 pessoas à bordo próximo ao vilarejo de Grabovo, na região de Donetsk, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Destroços caíram na Ucrânia nesta quinta-feira
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia informou que a aeronave foi derrubada por um míssil disparado por separatistas
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um funcionário dos serviços de emergência disse que pelo menos 100 corpos foram encontrados
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
A polícia e os bombeiros estão no local para atender a ocorrência
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em comunicado oficial, a Boeing se colocou à disposição das autoridades na investigação do acidente
Foto: Dominique Faget / AFP
Destroços do avião estão espalhados pelo vilarejo de Grabovo
Foto: Dominique Faget / AFP
Entre os mortos haveria 23 cidadãos americanos, mas ainda não há informação sobre as demais nacionalidades
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em 8 de março deste ano, um outro avião da Malaysia Airlines que decolou de Kuala Lampur em direção à Pequim, com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Um dos focos de fogo do avião da Malaysia Airliness que caiu nesta quinta
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Seguranças do Aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na Malásia procuravam informações do voo que vinha de Amesterdã
Foto: Vincent Thian / AP
A entrada da Malaysia Airlines está fechada no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur
Foto: Olivia Harris / Reuters
Após o acidente, o posto de atendimento da Malaysia Airliness fechou em Amesterdã, na Holanda
Foto: Olaf Kraav / AFP
O presidente da Ucrânia,Petro Poroshenko afirmou ter convicção de que se trata de um "ato terrorista"
Foto: Mykola Lazarenko / Reuters
Este é o segundo avião da empresa que desaparece dos radares nos últimos meses
Foto: Tomas Manan Vatsyayana / AFP
Avião da Malaysia desaparece na Ucrânia perto da Rússia
Foto: Tomas Bartkowiak / Reuters
Em imagem, avião da Malaysia Airlines é fotografado enquanto levanta voo
Foto: FRED NEELEMAN / AFP
Separatista é visto sobre destroços do avião, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Mulher põe flores na entrada do aeroporto de Schipol, em Amsterdã, um dia após a tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Dominique Faget /AFP
Homem usa celular para registrar os destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia após ser atingido por um míssil
Foto: Dominique Faget /AFP
Um funcionário do resgate demarca locais em que corpos das vítimas foram encontrados na área em que o avião da Malaysia caiu
Foto: Dominique Faget /AFP
Soldado pró-Rússia encontra um brinquedo entre os destroços do avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Soldados pró-Rússia resguardam a área em que caiu o avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Um representante da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa acompanha os trabalhos de resgate perto de destroços do avião da Malaysia que caiu na Ucrânia
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Separatistas pró-Rússia reúnem pertences de passageiros do avião que caiu na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em pronunciamento sobre o desastre do avião da Malaysia; Obama disse que o míssil partiu de um território controlado por separatistas pró-Rússia