Rebeldes na Ucrânia estão sob liderança de russos, diz ONU
Rebeldes contam com armamento pesado, incluindo morteiros e artilharia antiaérea, tanques e veículos blindados, assim como minas, segundo corroboraram os observadores da ONU no terreno
Os grupos armados separatistas pró-russos que combatem no leste da Ucrânia estão se "profissionalizando" e estão se unindo sob um comando unificado de líderes que, em muitos casos, são de nacionalidade russa, revelou nesta segunda-feira a ONU.
"O que antes eram grupos armados anárquicos com diferentes lealdades e agendas estão se unindo sob um comando central", segundo um relatório do Escritório da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
"Seus líderes, muitos dos quais são nacionais da Federação Russa, são treinados e curtidos pela experiência em conflitos como os da Chechênia (Rússia) e Transnístria (Moldávia)", precisam os observadores da ONU em seu relatório.
Na apresentação deste documento à imprensa, o chefe da Seção para as Américas, Europa e Ásia Central do alto comissário, Gianni Magazzeni, detalhou que esses grupos armados "são dirigidos, tanto política como militarmente, por cidadãos russos".
Esta cada vez mais unificada força rebelde conta agora com armamento pesado, incluindo morteiros e artilharia antiaérea, tanques e veículos blindados, assim como minas, segundo corroboraram os observadores no terreno.
Assim, as milícias que operam nas regiões de Donestk e Lugansk uniram suas forças para autoproclamar a "República Popular de Novorossia" (Nova Rússia) e, segundo eles, adotaram uma Constituição e estão finalizando os preparativos para o estabelecimento de um autogoverno.
De acordo com o relatório, que é o quarto sobre a situação de direitos humanos no leste da Ucrânia e cobre o período de 8 de junho a 15 de julho, as milícias continuam cometendo sequestros, detenções, torturas e executando pessoas que têm como reféns. Desta maneira buscam intimidar o resto "e exercer seu poder sobre a população de maneira brutal".
Por outro lado, o fato de que os grupos armados "já não só sejam de gente local que quer mais autonomia regional ou um Estado separado autônomo, mas estão sendo organizados por combatentes profissionais não ucranianos", está provocando que aumente o discurso antirrusso.
Para controlar isto, os rebeldes estão exercendo um severo controle sobre os meios de comunicação, ameaçando com represálias se não cobrirem "de maneira positiva" suas atividades ou se utilizam as palavras "separatistas" ou "terrorismo".
Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu com 295 pessoas à bordo próximo ao vilarejo de Grabovo, na região de Donetsk, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Destroços caíram na Ucrânia nesta quinta-feira
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia informou que a aeronave foi derrubada por um míssil disparado por separatistas
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um funcionário dos serviços de emergência disse que pelo menos 100 corpos foram encontrados
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
A polícia e os bombeiros estão no local para atender a ocorrência
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em comunicado oficial, a Boeing se colocou à disposição das autoridades na investigação do acidente
Foto: Dominique Faget / AFP
Destroços do avião estão espalhados pelo vilarejo de Grabovo
Foto: Dominique Faget / AFP
Entre os mortos haveria 23 cidadãos americanos, mas ainda não há informação sobre as demais nacionalidades
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em 8 de março deste ano, um outro avião da Malaysia Airlines que decolou de Kuala Lampur em direção à Pequim, com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Um dos focos de fogo do avião da Malaysia Airliness que caiu nesta quinta
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Seguranças do Aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na Malásia procuravam informações do voo que vinha de Amesterdã
Foto: Vincent Thian / AP
A entrada da Malaysia Airlines está fechada no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur
Foto: Olivia Harris / Reuters
Após o acidente, o posto de atendimento da Malaysia Airliness fechou em Amesterdã, na Holanda
Foto: Olaf Kraav / AFP
O presidente da Ucrânia,Petro Poroshenko afirmou ter convicção de que se trata de um "ato terrorista"
Foto: Mykola Lazarenko / Reuters
Este é o segundo avião da empresa que desaparece dos radares nos últimos meses
Foto: Tomas Manan Vatsyayana / AFP
Avião da Malaysia desaparece na Ucrânia perto da Rússia
Foto: Tomas Bartkowiak / Reuters
Em imagem, avião da Malaysia Airlines é fotografado enquanto levanta voo
Foto: FRED NEELEMAN / AFP
Separatista é visto sobre destroços do avião, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Mulher põe flores na entrada do aeroporto de Schipol, em Amsterdã, um dia após a tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Dominique Faget /AFP
Homem usa celular para registrar os destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia após ser atingido por um míssil
Foto: Dominique Faget /AFP
Um funcionário do resgate demarca locais em que corpos das vítimas foram encontrados na área em que o avião da Malaysia caiu
Foto: Dominique Faget /AFP
Soldado pró-Rússia encontra um brinquedo entre os destroços do avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Soldados pró-Rússia resguardam a área em que caiu o avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Um representante da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa acompanha os trabalhos de resgate perto de destroços do avião da Malaysia que caiu na Ucrânia
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Separatistas pró-Rússia reúnem pertences de passageiros do avião que caiu na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em pronunciamento sobre o desastre do avião da Malaysia; Obama disse que o míssil partiu de um território controlado por separatistas pró-Rússia