Rebeldes rejeitam Poroshenko e dizem que vão manter conflito
Separatistas pró-Rússia desdenharam neste sábado dos objetivos de paz do novo presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e continuam combatendo no leste do país. Ao assumir o cargo em Kiev, Poroshenko pediu que os rebeldes larguem as armas e ofereceu um diálogo pacífico e imunidade jurídica para “aqueles que não tiverem sangue em suas mãos”.
Mas um porta-voz dos rebeldes na autointitulada República do Povo de Donetsk, que declarou independência da Ucrânia e quer a união com a vizinha Rússia, afirmou à Reuters que os combates seguirão.
“O que eles realmente querem é o desarmamento de apenas um lado e que nos rendamos. Isso nunca vai acontecer”, afirmou uma importante autoridade separatista, Fyodor Berezin. “Enquanto tropas ucranianas continuarem no nosso solo, para mim tudo o que Pososhenko quer é subjugação”, afirmou ele por telefone.
Desde a eleição de Poroshenko, em 25 de maio, as forças do governo intensificaram o que chamam de “campanha antiterrorista” contra os separatistas do leste do país. Os rebeldes retrucaram, transformando regiões da nação em zonas de Guerra. Na sexta-feira, eles derrubaram um avião militar ucraniano e mataram um membro das forças especiais do Ministério do Interior no reduto separatista de Slaviansk.
Os combates continuam nas cercanias de Slaviansk neste sábado, e fumaça pode ser vista saindo das florestas ao redor da cidade.