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Rebeldes ucranianos dizem que já "limparam" Debaltsevo

Retirada de soldados ucranianos no local foi considerado revés para país; presidente, porém, afirma comando de retirada

19 fev 2015 - 07h32
(atualizado às 07h50)
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<p>Ve&iacute;culo ucraniano deixa regi&atilde;o perto de Debaltseve</p>
Veículo ucraniano deixa região perto de Debaltseve
Foto: Gleb Garanich / Reuters

O líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, Alexandr Zakharchenko, anunciou nesta quinta-feira que suas milícias concluíram a operação militar em Debaltsevo, no leste da Ucrânia, e que não há mais efetivos ucranianos no local.

"Terminamos a operação de limpeza de Debaltsevo de formações armadas ilegais", disse Zakharchenko em alusão às tropas do governo de Kiev, citado pela "DAN", a agência dos separatistas pró-Rússia.

Ele acrescentou que, "infelizmente, as autoridades ucranianas não atenderam aos pedidos para que entregassem as armas" e as mortes entre os efetivos das Forças Armadas da Ucrânia "são estimadas em entre 3 mil e 3,5 mil".

"Que Kiev recolha seus mortos", disse Zakharchenko, lembrando que as autoridades da autoproclamada república tinham pedido aos pais dos soldados ucranianos que os levassem para casa quando ainda estavam vivos.

Ucrânia e Kiev assinam acordo de cessar-fogo:

Por sua vez, o subchefe das milícias de Donetsk, Eduard Basurin, anunciou que a imprensa poderá visitar hoje os lugares onde estão detidos os prisioneiros ucranianos.

"Na cidade de Lugansk estão os prisioneiros de guerra que foram capturados ou se renderam em Debaltsevo, enquanto em Donetsk estão os que foram feitos prisioneiros anteriormente", disse Basurin.

O negociador-chefe dos separatistas de Donetsk, Denis Pushilin, declarou que os observadores da missão especial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (Osce) poderão ter acesso a Debaltsevo assim que as milícias possam garantir totalmente sua segurança.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou ontem que tinha ordenado suas tropas deixar Debaltsevo para evitar perdas desnecessárias perante a poderosa ofensiva dos rebeldes, apesar do cessar-fogo que entrou em vigor no domingo passado.

Segundo o presidente ucraniano, "as unidades saíram de maneira ordenada, com todo seu armamento, com carros de combate, blindados, peças de artilharia e veículos de transporte".

Poroshenko ressaltou que os separatistas não tinham, segundo asseguravam, cercada a cidade de Debaltsevo, como demonstrou a retirada organizada das tropas.

Por sua vez, os representantes do comando rebelde desmentiram que as forças de Kiev tenham quebrado o cerco e asseguraram que mil soldados depuseram as armas e abandonaram Debaltsevo através de um corredor aberto pelas milícias.

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EFE   
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