Recém-eleito, Macron enfrenta 1º protesto contra reformas
Cerca de mil manifestantes foram às ruas do centro de Paris nesta segunda-feira para criticar as políticas liberais do presidente eleito da França, Emmanuel Macron, e alertaram o novo governante para não tocar nas conquistas sociais.
Com cartazes contrários à precariedade das relações trabalhistas, a chamada Frente Social, formada por sindicatos e associações, iniciou o protesto às 14h locais (9h em Brasília) na Praça da República da capital. A marcha acabou na Praça da Bastilha.
Os manifestantes criticaram especialmente a reforma trabalhista proposta por Macron, que defende, entre outras coisas, que as jornadas sejam acordadas entre funcionários e empresas, e não em acordos coletivos como ocorre atualmente no país.
Alguns momentos de tensão entre manifestantes e policiais foram registrados no fim do ato. As autoridades ainda não informaram se houve prisões ou feridos durante o protesto.
Ontem, uma manifestação anticapitalista em Paris terminou com nove pessoas presas. Atos similares foram realizados nas cidades de Nantes, Lyon, Grenoble, Estrasburgo e Poitiers.
Há duas semanas, quando os franceses foram às urnas para o primeiro turno das eleições presidenciais, protestos contra Macron e sua adversária no pleito, a líder da extrema direita Marine Le Pen, também terminaram em violência.
Macron, de 39 anos, que será o presidente mais jovem da história da França, obteve 66,1% dos votos contra 33,9% de Le Pen.