Reino Unido convoca embaixador sírio após massacre 'diabólico'
O embaixador sírio em Londres foi convocado nesta segunda-feira ao ministério britânico de Relações Exteriores, que condenou o "repulsivo e diabólico" massacre que matou 108 pessoas na sexta-feira em Houla.
O diretor político do Ministério das Relações Exteriores, Geoffrey Adams, também ameaçou, durante a reunião, o diplomata sírio com "mais ações rápidas e fortes" se o regime de Bashar al-Assad não implantar o plano de paz do emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan.
Adams afirmou ainda que a chacina deveria ser alvo de uma investigação internacional para que os responsáveis sejam identificados e possam prestar contas à justiça.
"A menos que o regime sírio suspenda todas as operações militares imediatamente e implemente os seis pontos do plano de Kofi Annan, a comunidade internacional adotará mais ações rápidas e fortes em resposta", acrescenta.
Ele reiterou "que a responsabilidade de por fim à violência recai diretamente sobre Asad e sobre aqueles que o cercam", e garantiu que "o crescente conflito e o agravamento da violência sectária são produto da brutal resposta do regime à dissidência".
A reunião foi realizada depois de o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o presidente francês, François Hollande, firmarem o compromisso de "atuar juntos para aumentar a pressão" sobre Assad, segundo um comunicado divulgado nesta segunda-feira pela presidência francesa.
O Conselho de Segurança da ONU condenou severamente no domingo o regime de Assad pelo massacre, que deixou 108 mortos, incluindo 34 crianças, e Annan chegou na segunda-feira a Damasco, onde se reunirá na terça com o presidente sírio.