Reino Unido é vítima de ataques de ciberespionagem, diz agência
Cerca de 70 ataques de ciberespionagem acontecem todo mês contra redes do governo britânico e companhias privadas para roubar segredos empresariais, segundo revelou o diretor do Centro de Escutas do Reino Unido, o GCHQ, Iain Lobban.
Em entrevista à BBC divulgadas nesta segunda-feira, Lobban afirmou que os segredos empresariais estão sendo roubados a "níveis industriais" por parte de hackers estrangeiros, que estão há dois anos fazendo estas atividades contra o Reino Unido.
"Há gente que está por trás da propriedade intelectual e depois procura obter um benefício nacional. Há alguns anos começamos a pensar que isto tinha a ver muito com o setor da defesa, mas na realidade é de qualquer propriedade intelectual que possa ser recolhida", disse o responsável do GCHQ.
Este centro de escutas, situado na cidade de Cheltenham, oeste da Inglaterra, foi objeto de uma polêmica depois que o ex-técnico da CIA Edward Snowden revelou que o GCHQ teve acesso ao chamado sistema Prism, um programa de vigilância criado pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, em inglês) para ter acesso à informação eletrônica dos cidadãos.
Segundo a BBC, os serviços secretos estrangeiros estão por trás dos ataques de ciberespionagem contra o Reino Unido, apesar de o diretor do GCHQ não ter identificado de que países.
De acordo com o presidente da empresa de telecomunicações BT, Michael Rake, estas ameaças são "reais", "sofisticadas" e causam "danos financeiros", já que a espionagem está centrada em conhecer com antecipação as atividades da empresa.
O responsável de cibernética dos serviços de contra-espionagem MI5, que preferiu se manter no anonimato, disse também à BBC que há países "interessados em fusões de companhias e na atividade de aquisições, suas intenções de negócios conjuntos, sua direção estratégica sobre os próximos anos".