As forças armadas do Reino Unido preparam um "plano de contingência" para uma eventual ação militar na Síria em resposta ao suposto ataque químico perpetrado pelo regime do presidente Bashar al-Assad, segundo o governo britânico informou nesta terça-feira.
Um porta-voz do governo, sem dar mais detalhes, afirmou que o Reino Unido poderia adotar uma decisão antes da apresentação dos resultados da missão da ONU que inspeciona a área próxima a Damasco onde ocorreu o suposto ataque com armas químicas na última quarta-feira.
"Nenhuma decisão foi adotada ainda. Continuamos estudando com nossos parceiros internacionais qual deveria ser a resposta adequada mas, como parte disto, estamos preparando planos de contingência para as forças armadas", explicou a fonte oficial.
O porta-voz afirmou que o primeiro-ministro, David Cameron, continuará mantendo conversas com outros líderes internacionais para chegar a um acordo para "uma resposta proporcional" frente ao conflito. Em todo caso, qualquer resposta que Londres adotar "se ajustará à legislação internacional", garantiu.
"Há evidências que virão da ONU e que estudaremos mas também há um processo paralelo que está sendo feito e que consiste em estudar as evidências que já temos, as evidências que os Estados Unidos e nossos parceiros internacionais já têm", disse o porta-voz do governo britânico.
O chefe do Executivo retorna hoje ao trabalho após encurtar suas férias de verão para coordenar a reação britânica frente ao conflito e anunciará ao longo do dia se convoca de maneira antecipada o Parlamento para debater a questão. "Faremos um anúncio mais tarde sobre se haverá ou não uma convocação adiantada para debater estes assuntos", afirmou o porta-voz do governo.
EUA confirma que armas químicas foram usadas na Síria:
Também está previsto que Cameron presida amanhã uma reunião com o Conselho de Segurança Nacional, que contará com a participação de ministros, responsáveis militares e membros dos serviços de inteligência.
O primeiro-ministro vem recebendo uma forte pressão de deputados de todos os partidos, que exigem que se consulte o Parlamento sobre qual será a resposta britânica diante do conflito.
O porta-voz oficial recusou comentar se um possível debate parlamentar sobre a Síria incluiria necessariamente a realização de uma votação dos deputados.
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, admitiu nesta segunda-feira que é possível levar a cabo uma intervenção militar sem contar com o apoio unânime da ONU.
Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City / AP
"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE / AFP
Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK / AFP
Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN / AFP
Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam
Foto: Reuters
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