Um avião da Malásia foi abatido no leste da Ucrânia nesta quinta-feira, matando todas as 298 pessoas a bordo e aumentando as tensões no conflito entre Kiev e rebeldes pró-Moscou, no qual a Rússia e o Ocidente apoiam lados opostos.
Se for confirmado que a aeronave foi derrubada por um míssil, terá sido o ataque mais mortífero contra um voo comercial desde os anos 1960. Desde 1967, mais de 700 pessoas foram mortas em 19 incidentes envolvendo ataques com disparos propositais, de acordo com a consultoria de aviação Flightglobal Ascend, sediada na Grã-Bretanha, que mantém uma base da dados detalhadas de acidentes aéreos.
O atentado mais recente foi em janeiro de 1999, quando um avião Lockheed Hercules operado pela empresa aérea TransAfrik foi supostamente abatido perto de Bailundo, em Angola, matando todos os nove passageiros e tripulantes.
A seguir, uma lista dos cinco principais incidentes fatais:
Irain Air, 1988
Viajando de Bandar Abbas a Dubai, o voo 655 da Iran Air foi alvejado por um navio de guerra dos Estados Unidos ao longo da costa do Irã, matando as 290 pessoas a bordo. A Marinha americana disse ter confundido o Airbus A300 com um jato F-14 da Força Aérea iraniana.
Korean Air, 1983
Um Boeing 747 da Korean Air foi interceptado e abatido por combatentes soviéticos depois de entrar por engano no espaço aéreo soviético vindo de Anchorage, no Alasca, rumo a Seul, na Coreia do Sul. Todos os 289 passageiros e tripulantes morreram.
Libyan Airlines, 1973
Depois de ser interceptado e atingido pela Força Aérea israelense, o Boeing 727 da Libyan Airlines foi destruído durante uma tentativa de pouso forçado. O voo entrou por engano no espaço aéreo de Israel devido a um erro de navegação no deserto do Sinai, 150 quilômetros a nordeste do Cairo, matando 106 das 113 pessoas a bordo.
Air Georgia, 1993
Aproximando-se do momento de pousar, um Tupolev Tu-154 operado pela Air Georgia foi supostamente abatido por um míssil guiado pelo calor na Abkházia, território da Geórgia em disputa.
A aeronave bateu na pista e pegou fogo, matando 108 dos 132 passageiros e tripulantes. Acreditava-se que o voo tinha sido fretado pelo ministro georgiano da Defesa para transportar soldados que ajudariam nos combates nos arredores de Sukhumi, capital da Abkházia.
Pouco depois de decolar de Malakal, no Sudão do Sul, um Fokker F-27 da Sudan Airways foi supostamente abatido pelo “Exército de Libertação do Povo” sudanês, matando todos os 65 passageiros e tripulantes a bordo.
Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu com 295 pessoas à bordo próximo ao vilarejo de Grabovo, na região de Donetsk, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Destroços caíram na Ucrânia nesta quinta-feira
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia informou que a aeronave foi derrubada por um míssil disparado por separatistas
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um funcionário dos serviços de emergência disse que pelo menos 100 corpos foram encontrados
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
A polícia e os bombeiros estão no local para atender a ocorrência
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em comunicado oficial, a Boeing se colocou à disposição das autoridades na investigação do acidente
Foto: Dominique Faget / AFP
Destroços do avião estão espalhados pelo vilarejo de Grabovo
Foto: Dominique Faget / AFP
Entre os mortos haveria 23 cidadãos americanos, mas ainda não há informação sobre as demais nacionalidades
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em 8 de março deste ano, um outro avião da Malaysia Airlines que decolou de Kuala Lampur em direção à Pequim, com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Um dos focos de fogo do avião da Malaysia Airliness que caiu nesta quinta
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Seguranças do Aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na Malásia procuravam informações do voo que vinha de Amesterdã
Foto: Vincent Thian / AP
A entrada da Malaysia Airlines está fechada no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur
Foto: Olivia Harris / Reuters
Após o acidente, o posto de atendimento da Malaysia Airliness fechou em Amesterdã, na Holanda
Foto: Olaf Kraav / AFP
O presidente da Ucrânia,Petro Poroshenko afirmou ter convicção de que se trata de um "ato terrorista"
Foto: Mykola Lazarenko / Reuters
Este é o segundo avião da empresa que desaparece dos radares nos últimos meses
Foto: Tomas Manan Vatsyayana / AFP
Avião da Malaysia desaparece na Ucrânia perto da Rússia
Foto: Tomas Bartkowiak / Reuters
Em imagem, avião da Malaysia Airlines é fotografado enquanto levanta voo
Foto: FRED NEELEMAN / AFP
Separatista é visto sobre destroços do avião, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Mulher põe flores na entrada do aeroporto de Schipol, em Amsterdã, um dia após a tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Dominique Faget /AFP
Homem usa celular para registrar os destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia após ser atingido por um míssil
Foto: Dominique Faget /AFP
Um funcionário do resgate demarca locais em que corpos das vítimas foram encontrados na área em que o avião da Malaysia caiu
Foto: Dominique Faget /AFP
Soldado pró-Rússia encontra um brinquedo entre os destroços do avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Soldados pró-Rússia resguardam a área em que caiu o avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Um representante da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa acompanha os trabalhos de resgate perto de destroços do avião da Malaysia que caiu na Ucrânia
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Separatistas pró-Rússia reúnem pertences de passageiros do avião que caiu na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em pronunciamento sobre o desastre do avião da Malaysia; Obama disse que o míssil partiu de um território controlado por separatistas pró-Rússia
Foto: Larry Downing/Reuters
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