Na juventude, Joseph Ratzinger serviu como assistente de forças militares alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. Nesta foto, de 1943, ele tinha 16 anos
Foto: AFP
Em 1952, durante missa na Alemanha
Foto: AP
Nesta foto, de 1959, Joseph Ratzinger posa ao lado de um piano em um escritório. Na época, Ratzinger, com 32 anos, era professor de teologia dogmática em Freising, na Bavária
Foto: AFP
Nos anos 1970, antes de se tornar cardeal
Foto: AP
Em maio de 1977, Joseph Ratzinger foi ordenado arcebispo de Munique e Freising pelo bispo de Berlim, o cardeal Alfred Bengsh. Foi um dos passos que o levariam ao papado em 19 de abril de 2005
Foto: AFP
Então cardeal, Joseph Ratzinger participa de missa ao lado da Madre Teresa no 85º dia dos católicos alemães, em Freiburg. O evento ocorreu de 13 a 19 de setembro de 1978
Foto: AP
Nesta foto de 1979, Joseph Ratzinger posa ao lado do papa João Paulo II. Em 1981, Ratzinger passou a cumular cargos na Igreja Católica Romana. Foi nomeado líder da Congregação para a Doutrina da Fé e presidente da Comissão Bìblica Pontífica e da Comissão Teológica Internacional
Foto: AP
Em 1994, ratzinger já gozava de fama entre católicos. Nesta imagem, feita em junho, ele autografa uma publicação no aniversário de 1240 anos da cidade alemã de Fulda
Foto: AFP
Em 2005, Ratzinger foi fotografado cumprimentando o papa João Paulo II, que morreria no mesm oano
Foto: Osservatore Romano / EFE
Em 18 de outubro de 2003, Ratzinger acompanhava o papa João Paulo II no aniversário de 25 anos da eleição de João Paulo. Cardeais do mundo inteiro compareceram ao evento no Vaticano
Foto: AFP
Em 8 de abril de 2005 o cardeal Ratzinger (centro) passa em frente ao caixão de João Paulo II na praça São Pedro, no Vaticano. Ratzinger já era um dos líderes mais importantes do catolicismo
Foto: Filippo Monteforte / AFP
Dias depois de abençoar o caixão de João Paulo II, Ratzinger acena para a multidão pela janela da Basílica de São Pedro, agora como o Papa eleito, no dia 19 de abril de 2005
Foto: Patrick Hertzog / AFP
Em 24 de junho de 2005, um dos primeiros atos políticos do Papa Bento XVI, que visitou o presidente italiano Carlo Azeglio Ciampi. Na foto, ele acena para o público ao passar pela guarda Corazzieri (guarda montada presidencial italiana), na frente do palácio presidencial de Quirinale
Foto: Giulio Napolitano / AFP
Papa Bento XVI acena para peregrinos de um barco cruzando o rio Rhine em Colônia, sua terra natal, em 18 agosto de 2005. Essa foi a primeira visita de Joseph Ratzinger como o Papa ao local emque nasceu. Mais de 400 mil jovens católicos de cerca de 200 países compareceram ao encontro
Foto: Patrick Hertzog / AFP
No Brasil, em 11 de maio de 2007, o Bento XVI compareceu à missa pela canonização do Frei Galvão no Campo de Marte, em São Paulo. Quase um milhão de pessoas compareceram à cerimônia que canonizou o primeiro santo nascido no Brasil
Foto: Arturo Mari/Osservatore Romano / AFP
Na véspera de completar 82 anos, o Papa acena para peregrinos na praça São Pedro no dia 15 de abril de 2009, ao lado do seu secretário, o bispo George Gaenswein
Foto: Alberto Pizzoli / AFP
Na sua segunda passagem pela África, Bento XVI abençoa uma criança no seminário de São Gall, em Ouidah. A foto foi feita em 19 de novembro de 2011
Foto: Vincenzo Pinto / AFP
Ao final do Angelus de 2012, no dia 29 de janeiro, Bento XVI olha para a pomba que soltou de uma janela no Vaticano. A imagem foi capturada pelo setor de imprensa do Pontífice
Foto: Osservatore Romano / AFP
Na sua última aparição pública antes do anúncio da renúncia, no domingo, 10 de fevereiro de 2013, o Papa Bento XVI conduziu a oração do Angelus
Foto: Gregorio Borgia / AP
Papa Bento XVI é cumprimentado pelo cardeal Angelo Sodano, decano do colégio de cardiais da Igreja Católica, logo após o anúncio da renúncia neste dia 11 de fevereiro
Foto: Osservatore Romano / AP
Dois dias após o surpreendente anúncio, o Papa rezou a tradicional missa de Quarta-feira de Cinzas
Foto: Stefano Rellandini / Reuters
Mesmo após anunciar a saída do Trono de Pedro, Bento XVI seguiu com a agenda normal. No domingo, 23 de fevereiro, o Papa recebeu o presidente italiano, Giorgio Napolitano, em uma audiência no Vaticano.
Foto: AP
Na quarta-feira, 27 de fevereiro, um dia antes de renunciar, Bento XVI participou de sua última audiência pública como Sumo Pontífice
Foto: AFP
Bento XVI abençoa bebê durante desfile de papamóvel ao chegar à Praça São Pedro
Foto: Reuters
Cerca de 150 mil pessoas ocuparam a Praça São Pedro para acompanhar a cerimônia de despedida do Papa
Foto: AFP
Em seu pronunciamento, Bento XVI afirmou que, apesar de deixar suas atividades oficiais, seguirá acompanhando o caminho da Igreja. "Dei este passo com plena consciência da sua gravidade e inovação, mas com uma profunda serenidade de espírito", disse
Foto: AFP
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Eleito para substituir João Paulo II no dia 19 de abril de 2005, o cardeal alemão Joseph Ratzinger tornou-se o primeiro papa a anunciar a renúncia em 600 anos - o mesmo só tinha acontecido com Gregório XII em 1415. Os problemas de saúde foram as justificativas apontadas pelo pontífice de 85 anos para deixar o comando da Igreja Católica depois de quase oito anos buscando reverter a progressiva perda de fiéis, em uma gestão que ficou marcada por algumas polêmicas.
Nascido em abril de 1927, Joseph Ratzinger é filho de um oficial de polícia e de uma artesã da região alemã da Baviera. Aos 16 anos, foi chamado para servir no exército de Hitler nos últimos meses da Segunda Guerra Mundial, chegou a desertar, mas acabou prisioneiro dos aliados. Com o fim das batalhas, pode se dedicar ao estudo da teologia na Universidade de Munique. Em 1951 foi ordenado sacerdote e dois anos depois conquistou o título de doutor em teologia, dando aulas em diversas universidades da Alemanha.
A carreira na Igreja Católica foi impulsionada com a nomeação como arcebispo de Munique Freising e logo depois como cardeal pelo papa Paulo VI, em 1977. Em 1981 foi chamado a Roma para trabalhar como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé pelo papa João Paulo II. Com uma postura mais conservadora, foi considerado como um dos principais opositores a doutrina da Teologia da Libertação, representada no Brasil por Leonardo Boff, e também pelo combate ao ateísmo e ao marxismo.
Ratzinger sempre foi um defensor da doutrina eclesiástica e da teologia convencional. Em 2005, com a morte de João Paulo II, foi alçado ao comando da Igreja com o desafio de conquistar fiéis sem deixar a tradição da Igreja Católica. Suas posições conservadoras, contrárias ao uso de métodos anticoncepcionais e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, chocaram os mais liberais e romperam com a possibilidade de uma abertura da Igreja Católica.
O papa também esteve diretamente envolvido em polêmicas sobre abusos sexuais, com denúncias de que teria acobertado vários casos envolvendo padres. Entre as acusações, está a de que ele teria se recusado a punir, em 1996, um padre americano que teria molestado 200 crianças surdas. Quando ainda era arcebispo de Munique, Ratzinger teria deixado um sacerdote retomar as atividades em sua paróquia após ser acusado de pedofilia.
Além dessas polêmicas, Bento XVI se viu envolvido, recentemente, com a acusação de que seu mordomo teria roubado documentos pessoais do pontífice, em um caso que acedeu a luz sobre as disputas internas para a sucessão de um papa com saúde debilitada.
Pianista e poliglota
Além de um grande teólogo e defensor da tradição católica, Bento XVI também tem como uma de suas habilidades a desenvoltura com o piano. Apaixonado pelas composições de Mozart, o papa que deixa o Vaticano no dia 28 de fevereiro fala dez idiomas, com fluência em seis: alemão, italiano, francês, latim, inglês e espanhol. Também domina o grego antigo e o hebraico.
Membro de várias academias científicas da Europa, recebeu títulos de doutor honoris causa de universidades de todo o mundo. Em 2005 foi incluído na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.