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Papa Francisco

"Sala das lágrimas", o lugar mais íntimo e solitário do Conclave

13 mar 2013 - 15h40
(atualizado às 16h09)
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<p>Multid&atilde;o aguarda na pra&ccedil;a S&atilde;o Pedro a revela&ccedil;&atilde;o do nome do novo papa</p>
Multidão aguarda na praça São Pedro a revelação do nome do novo papa
Foto: AP

Um dos momentos mais íntimos do Conclave é quando o papa eleito se retira à sacristia da Capela Sistina, chamada "das lágrimas", para meditar e vestir uma das três batinas brancas já preparadas, antes de se apresentar aos fiéis na Praça São Pedro.

Após aceitar ser o 266º sucessor do apóstolo Pedro, o cardeal eleito irá ao pequeno quarto existente à esquerda do altar maior da Sistina, sob o "Juízo Final" de Miquelângelo.

A sacristia é conhecida como a "sala das lágrimas" por causa das que foram derramadas nela ao longo da história pelos papas recém escolhidos, talvez pela emoção do momento, a tensão acumulada durante os dias do Conclave ou o peso que agora terá em cima de si.

A "sala das lágrimas" está fechada ao público e não faz parte do percurso dos fiéis e turistas que diariamente visitam a Capela Sistina. Lá, o novo papa encontrará três batinas, uma de tamanho pequeno, outra médio e outro grande, assim como três pares de sapatos de diferentes números, além de adornos típicos do traje.

Sozinho, em silêncio, ele provará as roupas e escolherá as que melhor lhe caírem, e o que passar por sua mente nesse momento somente ele mesmo saberá, enquanto na Capela Sistina os cardeais se preparam para lhe receber já vestido de papa. As batinas e as outras peças de vestuário foram confeccionadas pela alfaiataria Gammarelli, de Roma, que há muitos anos veste os papas.

Já vestido de branco, o novo pontífice voltará à Capela Sistina, onde será recebido com aplauso pelos cardeais, que um por um se aproximarão para lhe apresentar sua obediência. Depois, o primeiro cardeal dos diáconos (o Protodiácono), nesta ocasião o francês Jean-Louis Tauran, anunciará ao povo a escolha do novo pontífice. Ele o fará seguindo o ritual "Annuntio vobis gaudium magnum; habemus papam".

O novo pontífice, por sua vez, deixará a Capela Sistina e irá à Capela Paulina, distante poucos metros, para rezar perante o Santíssimo Sacramento. Não se descarta que também desça à cripta da Basílica de São Pedro (a cripta da Basílica de São Pedro), como fez o cardeal Joseph Ratzinger após ser eleito em 2005, para rezar perante o túmulo do Apóstolo antes de se apresentar aos fiéis e dividir sua primeira bênção Urbi et Orbi (ao mundo e à cidade de Roma).

O Conclave

O cerimonial do Conclave papal iniciou na manhã de terça-feira (dia 12), com a realização da missa Pro Eligendo Papa. Na parte da tarde, os 115 cardeais se reuniram na Capela Sistina e prestaram, um por um, juramento de manter segredo durante a duração do processo eleitoral. Em seguida, as portas foram fechadas. Às 19h42 (15h42 de Brasília), a primeira fumaça negra foi expelida, indicando que o primeiro dia acabava sem que um papa fosse escolhido.

Os cardeais retomaram a votação por volta das 9h30 (5h30) desta quarta-feira. Por volta das 11h40 (7h40), a chaminé voltou a expelir fumaça negra, o que significa que um consenso não foi alcançado nas duas votações do turno da manhã. Os cardeais voltaram a se reunir na parte da tarde e acredita-se que um escrutínio tenha ocorrido sem que fumaça alguma fosse expelida. Na última votação do dia, eles chegaram a um consenso.

Renúncia de Bento XVI

Após cerca de oito anos de papado, Bento XVI surpreendeu o mundo na manhã do dia 11 de fevereiro e anunciou durante um encontro rotineiro com os cardeais que estava renunciando ao posto e deixaria o comando da Igreja Católica no dia 28 de fevereiro. A primeira vez que um papa abandonou o cargo em 600 anos. Joseph Ratzinger alegou que sua "idade avançada" já não lhe permitia exercer suas funções adequadamente. 

Ao deixar o posto de papa, Bento XVI se transferiu para a residência papal de verão em Castel Gandolfo no dia 28, onde está até o presente momento aguardando pela reforma de um apartamento no Vaticano que deve lhe servir de moradia no futuro. A partir de sua renúncia, ele passou a ser conhecido Papa Emérito Bento XVI. 

Após a renúncia ser oficializada, o Colégio Cardinalício iniciou um processo de deliberações que culminou com a convocação do Conclave papal para o dia 12 de março.

EFE   
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