A Rússia montará nesta semana um laboratório de virologia na Guiné para tentar conter o surto de ebola que causou mais de 1.200 mortes na África e que alimenta temores pelo risco de propagação para outros continentes.
"Definimos com as autoridades da Guiné que nossos especialistas se deslocarão ao campo para ajudar com um diagnóstico especial na luta contra a febre do ebola", disse o chefe do laboratório de virologia do Instituto Pasteur em São Petersburgo, Aleksandr Semionov, citado pela agência "RIA Novosti".
Um grupo de dezenas de cientistas das cidades de Saratov e Novosibirsk viajarão para o país africano.
Segundo Semionov, o laboratório será formado por vários caminhões pesados "Kamaz" de fabricação russa, e um acampamento.
"A luta que nos espera vai ser dura; estimamos que o prazo será de cinco meses. Acompanhamos minuciosamente a situação", alertou o cientista.
Além disso, informou que Rússia elaborou uma vacina experimental contra o vírus e que ela teve sucesso nos testes.
"Já veremos como se dará", concluiu Semionov em referência ao destino da vacina no continente africano.
O ebola, uma doença transmitida pelo contato com sangue ou fluidos corporais, já matou 1.229 pessoas na África Ocidental.
O atual surto foi detectado em março em Guiné, de onde se expandiu para Libéria, Serra Leoa e Nigéria, com 2.240 casos registrados até sábado passado.
A Libéria acumula 834 casos, com 466 mortos.
Nancy Writebol, missionária da Carolina do Norte que trabalhava na Libéria, chega ao hospital da Universidade de Emory, em Atlanta, para receber tratamento médico contra o Ebola
Foto: The Journal & Constitution, John Spink / AP
O médico Kent Brantly posa ao lado da esposa Amber nesta foto sem data. Brantly foi o primeiro infectado pelo Ebola a ser levado aos Estados Unidos para receber tratamento
Foto: Samaritan's Purse / AP
Vítima do Ebola, Nancy Writebol é rodeada de crianças na Libéria, em 7 de outubro de 2013
Foto: Cortesia de Jeremy Writebol / AP
Equipe médica coloca roupas especiais antes de tratar de pacientes que contraíram o vírus Ebola, em Kenema, Serra Leoa, em 10 de julho
Foto: Tommy Trenchard / Reuters
Voluntários transportam corpos de vítimas do Ebola a um centro dirigido pelo grupo Médicos Sem Fronteiras, em Kailahun, Serra Leoa
Foto: WHO/Tarik Jasarevic / Reuters
Voluntários enterram o corpo de um africano vítima do Ebola em Kailahun, Serra Leoa, em 2 de agosto
Foto: WHO/Tarik Jasarevic / Reuters
Um grupo de voluntários se prepara para remover os corpos de pessoas suspeitas de terem contraído Ebola antes de morrer na aldeia de Pendebu, norte do Kenema, em Serra Leoa
Foto: HO/Tarik Jasarevic / Reuters
Trabalhadores da área da saúde se preparam para trabalhar em uma unidade de isolamento no distrito de Foya, na Libéria
Foto: hmed Jallanzo/UNICEF / Reuters
Meninas olham para um pôster distribuído pela UNICEF com orientações de como se prevenir do vírus Ebola, na Libéria
Foto: Ahmed Jallanzo/UNICEF / Reuters
Funcionários da área médica carregam o corpo de uma vítima do Ebola em Serra Leoa, em 25 de julho