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Europa

Rússia: ação armada da Ucrânia ameaçaria negociações de paz

12 abr 2014 - 20h40
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A Rússia alertou os Estados Unidos neste sábado que qualquer ação armada por parte das autoridades ucranianas no leste da Ucrânia frustraria esforços por uma solução diplomática para o conflito e colocaria em risco negociações de paz.

O Ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, fez o alerta por telefonema ao Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que mostrou preocupação com o fato da Rússia estar "incitando" conflitos no leste da Ucrânia, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.

Separatistas pró-Rússia têm ocupado prédios oficiais em cidades do leste da Ucrânia nos últimos dias.

Lavrov disse que a Ucrânia está "demonstrando sua falta de capacidade de se responsabilizar pelo futuro do país".

Ele afirmou ainda que qualquer uso de força contra os separatistas russos no leste ucraniano irá "minar o potencial de cooperação... incluindo as negociações pela paz entre as quatro partes em Genebra" em 17 de abril entre Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e União Europeia.

Por sua vez, a Casa Branca alertou a Rússia contra novas ações armadas na Ucrânia, afirmando que a situação lembra o que ocorreu recentemente na Crimeia.

"Estamos muito preocupados com a campanha combinada que vimos em andamento no leste da Ucrânia hoje por parte de separatistas pró-Rússia, aparentemente com o apoio da Rússia, que estão incitando a violência e a sabotagem e tentando minar e desestabilizar o Estado ucraniano", disse Laura Lucas Magnuson, uma porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca.

"Vimos atividades semelhantes classificadas como 'de protesto' na Crimeia antes da anexação feita pela Rússia", disse ela em comunicado. "Pedimos que o presidente (Vladimir) Putin e seu governo interrompam todos os esforços para desestabilizar a Ucrânia, e alertamos novas intervenções militares", acrescentou.

No dia 22 de abril, o vice-presidente dos Estados Unidos, Jospeh Biden, viajará a Kiev para se reunir com membros do governo interino ucraniano e expressar seu apoio perante a "campanha orquestrada de incitação e sabotagem" dos ativistas pró-russos no país, segundo a Casa Branca.

"O vice-presidente sublinhará o forte apoio dos Estados Unidos a uma Ucrânia unida e democrática que tome suas próprias decisões sobre seu futuro", indicou a residência presidencial em comunicado.

Em Kiev, Biden procura, além disso, ratificar o respaldo dos EUA aos esforços de organização das eleições presidenciais previstas para 25 de maio. O vice-presidente também falará sobre os "esforços da comunidade internacional para ajudar a fortalecer a economia da Ucrânia e ajudar o país na reforma constitucional, na descentralização e nas políticas contra a corrupção".

Com informações da EFE

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