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Rússia: caça ucraniano pode ter derrubado avião da Malaysia

Investigadores chegaram a essa conclusão após ouvir o depoimento de um militar icraniano

24 dez 2014 - 08h44
(atualizado às 12h01)
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<p>Destro&ccedil;os do voo MH17, da Malaysia Airlines, s&atilde;o retirados ap&oacute;s acidente perto da cidade de Grabovo, regi&atilde;o de Donetsk</p>
Destroços do voo MH17, da Malaysia Airlines, são retirados após acidente perto da cidade de Grabovo, região de Donetsk
Foto: Antonio Bronic / Reuters

O Comitê de Instrução (CI) da Rússia declarou nesta quarta-feira que um caça ucraniano modelo Si-25 "pode ter derrubado" em 17 de julho o Boeing da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, região controlada pelas milícias separatistas pró-russas, incidente que matou as 298 pessoas a bordo.

Segundo o porta-voz do CI, Vladimir Markin, os investigadores chegaram a essa conclusão após ouvir o depoimento de um militar ucraniano que "abandonou voluntariamente sua unidade e entrou no território da Rússia".

Em suas declarações, disse que "o avião de passageiros Boeing-777 que fazia o voo MH-17 pode ter sido derrubado por um avião militar Si-25 da Força Aérea da Ucrânia pilotado pelo capitão Voloshin".

O porta-voz do CI acrescentou que a identidade do militar ucraniano que deu esta informação está sendo mantida em sigilo para garantir sua segurança.

"Por quanto a testemunha pode correr perigo, a instrução estuda a possibilidade de incorporá-lo ao programa estatal de proteção de testemunhas", explicou.

Segundo Markin, "os fatos e dados que a testemunha tem e que narrou claramente, sem se confundir, convenceram os investigadores de que suas declarações são verazes, o que, a propósito, foi ratificado pelo teste do polígrafo".

O voo MH17 da Maylasia Airlines fazia a rota entre Amsterdã - Kuala Lumpur e sobrevoava o leste da Ucrânia quando foi abatido, supostamente por um míssil dos rebeldes ucranianos pró-Rússia.

Os destroços do Boeing caíram em na área controlada pelas milícias separatistas pró-russas.

As autoridades ucranianas acusaram os separatistas, que, por sua vez, negaram possuir armamento capaz de abater um alvo na altura em que o avião da Malaysia Airlines voava.

EFE   
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