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Rússia chama de "criminoso" uso de armas contra civis

O ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, voltou a negar que tropas russas estejam no leste da Ucrânia

23 abr 2014 - 17h36
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse durante uma entrevista a um site de notícias que a ordem, emitida pelo governo ucraniano, de que o uso da força seja empregado contra civis é criminoso, e negou que existam militares russo no território ucraniano.

<p>O ministro russo voltou a dizer que os Estados Unidos est&atilde;o manipulando a crise ucraniana</p>
O ministro russo voltou a dizer que os Estados Unidos estão manipulando a crise ucraniana
Foto: AP

Lavrov também acusou Kiev de estar descumprindo sua promessa de acabar com a violência no país, fazendo referência à rodada de negociações entre União Europeia, Estados Unidos, Rússia e Ucrânia, em 17 de abril, em Genebra.

"Em Genebra, nós concordamos que deve haver um fim da violência. Na tarde seguinte, (o presidente internino da Ucrânia), Aleksadr Turchivov quase declarou um estado de emergência e ordenou que o Exército disparasse contra o povo", disse ele.

Moscou condenou a retomada da operação anti- terrorista no leste da Ucrânia, na terça-feira, e pediu que o governo ucraniano não use a força contra os civis que vivem na região.

Lavrov disse que o acúmulo de tropas russas na fronteira com a Ucrânia está dentro dos limites do direito internacional e negou a presença de militares russos no leste ucraniano. Segundo ele, as tropas estavam participando de exercícios militares de rotina, algo que vem sendo inspecionado por inspetores internacionais.

O ministro das Relações Exteriores também falou sobre o envolvimento americano na crise em curso na Ucrânia , acusando Washington de tentar manipular a situação.

"Não há razão para não acreditar que os americanos estão comandando o show ", disse Lavrov, fazendo referência à visita do vice- presidente americano Joe Biden a Kiev e a sua coincidência com a operação "contra o terror" no leste da Ucrânia.

"A situação na Ucrânia é apenas mais um exemplo de Washington tentando ganhar terreno na luta geopolítica", disse o ministro.

O governo russo não reconhece o governo interino de Kiev, que tomou o poder em 22 de fevereiro após semanas de protestos violentos que culminaram com a derrubada do presidente Victor Yanukovich.

Fonte: Terra
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