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Europa

Rússia diz na ONU que ex-presidente da Ucrânia pediu intervenção

Representante da Ucrânia disse que seu país "não precisa de ajuda externa"; ocidentais dizem que argumentos russos são imaginários

3 mar 2014 - 18h35
(atualizado às 20h39)
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 Vitaly Churkin afirmou que ex-presidente ucraniano pediu intervenção russa
Vitaly Churkin afirmou que ex-presidente ucraniano pediu intervenção russa
Foto: AP

A Rússia afirmou nesta segunda-feira no Conselho de Segurança da ONU que o deposto presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, pediu a intervenção para estabilizar a situação no país, que se encontra "à beira da guerra civil".

O embaixador russo, Vitaly Churkin, assegurou que Yanukovich escreveu ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, pedindo para que utilize o exército a fim de restaurar a "paz, a lei, a ordem e estabilidade". Porém, o embaixador ucraniano, Yuriy Sergeyev, revidou dizendo que “essa é uma obrigação do nosso governo (...) não precisamos de ajuda exerna”. 

Embaixador ucraniano durante reunião do Conselho de Segurança da ONU
Embaixador ucraniano durante reunião do Conselho de Segurança da ONU
Foto: AP

Churkin e Sergeyev trocaram farpas durante reunião. O ucraniano chegou a dizer que seu país e a Rússia teriam "diferentes entendimentos sobre os Direitos Humanos".

Sergeyev acusou o país vizinho de ter enviado mais de 16 mil soldados para a região autônoma ucraniana da Crimeia desde a semana passada. "Começando em 24 de fevereiro, aproximadamente 16.000 soldados russos foram deslocados do vizinho território da Federação Russa para a Crimeia por navios, helicópteros e aviões cargueiros militares", disse. 

Churkin assegurou que grupos "extremistas", "radicais" e "ultranacionalistas" tomaram o controle da situação no país e tentam usar sua "vitória" para acabar com os direitos fundamentais de parte da população, mantendo a posição inflexível do país diante situação; o russo pediu às demais potências "responsabilidade" para "deixar de lado cálculos geopolíticos e pensar nos interesses dos ucranianos". 

"Rússia está ressuscitando fantasmas de 1968"

Reino Unido, Estados Unidos e França criticaram duramente a Rússia nesta segunda-feira durante reunião extraordinária do Conselho det Segurança da ONU. Os embaixadores dos países ocidentais disseram que a Rússia estaria se baseando em argumentos imaginários, utilizados para justificar invasões soviéticas entre 1956 e 1968, na Europa.

Membros do Conselho de Segurança da ONU em encontro sobre a crise na Ucrânia, no escritório da ONU em Nova York, em 1 de março
Membros do Conselho de Segurança da ONU em encontro sobre a crise na Ucrânia, no escritório da ONU em Nova York, em 1 de março
Foto: Reuters

O embaixador francês, Gérard Araud, disse que a Rússia estaria ressuscitando seus fantasmas com as intervenções, utilizando dos mesmos argumentos da ex-URSS. "Não há desculpas para o que a Rússia tem feito", afirmou.

A representante permante dos Estados Unidos, Samantha Power, por sua vez, questionou a escolha da Rússia de manter os soldados na Crimeia, apesar dos pedidos internacionais. "A Rússia tem muitas opções possíveis. Então, eu pergunto: por que não aceitar? Por que não acolher maneiras de resolver isto pacificamente?", destacou a americana. 

O representante da Inglaterra, Mark Lyall Grant, afirmou que a Rússia não apresentou, até o momento, provas sólidas sobre argumentos dados, ultrapassando, portanto, regras da comunidade internacional. 

Com informações da EFE.

 

 
Fonte: Terra
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