Rússia diz que MH17 foi derrubado por míssil vindo do ar
Segundo relatório, o foguete não foi fabricado no país
As autoridades russas apresentaram nesta quarta-feira (15) suas conclusões sobre o abatimento de um avião da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, em 17 de julho do ano passado.
Segundo o relatório, o Boeing 777, que levava 298 pessoas a bordo, foi derrubado por um míssil ar-ar - ou seja, disparado por outra aeronave - não fabricado na Rússia. A hipótese contradiz a tese de que a tragédia foi causada por um foguete terra-ar lançado por rebeldes separatistas supostamente armados por Moscou, como defendem as principais potências ocidentais.
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"Temos informações baseadas em testes que apontam que o avião foi abatido por um míssil ar-ar. Além disso, especialistas acreditam que o tipo de foguete foi identificado e que ele não foi produzido na Rússia", afirmou Vladimir Markin, porta-voz do comitê russo que investiga o caso.
Ele também cita um ex-mecânico da Aeronáutica da Ucrânia, Evgeny Agapov, que a Rússia define como uma "testemunha" do desastre. De acordo com seu depoimento, um caça Sukhoi Su-25 ucraniano pilotado por um capitão chamado Voloshin decolou na tarde de 17 de julho de 2014 e voltou para a base sem munição.
O militar teria dito a colegas que o Boeing apareceu "no momento e no lugar errados". O avião derrubado fazia o voo MH17, entre Amsterdã, capital da Holanda, e Kuala Lumpur, na Malásia, e caiu sobre a cidade de Grabovo. Todas as pessoas a bordo morreram.