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Rússia exige fim da "operação de castigo" na Ucrânia

Putin ordenou saída de tropas russas do leste do país e pediu a mesma decisão da Ucrânia

19 mai 2014 - 06h15
(atualizado às 07h43)
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<p>O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a retirada das tropas russas da Ucrânia</p>
O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a retirada das tropas russas da Ucrânia
Foto: AFP

A Rússia pediu à Ucrânia para pôr fim imediatamente à "operação de castigo" no sudeste do país e a retirar as tropas dessa região, ao mesmo tempo em que ordenou o retorno a seus quartéis de suas próprias forças enviadas na fronteira, informou Kremlin.

"Vladimir Putin deu a ordem ao ministério da Defesa de devolver as tropas a suas guarnições [...] após a conclusão dos exercícios que exigiram seu deslocamento às regiões de Rostov, Belgorod e Briansk", afirma um comunicado do Kremlin, citado pelas agências russas.

Moscou pediu também às autoridades ucranianas para "resolver os problemas mediante o diálogo pacífico", se afirma em comunicado da presidência da Rússia.

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O Kremlin ressaltou que o presidente Vladimir Putin "se congratula pelos primeiros contatos entre Kiev e os partidários da federalização (da Ucrânia) a fim de estabelecer um diálogo direto no qual devem participar todas as partes interessadas". 

Além disso, Putin deu instruções ao ministro da Defesa, Sergei Shoigu, para que ordene o retorno a seus quartéis frequentes às tropas que participaram dos exercícios militares na regiões de Rostov, Belgorod e Briansk, todas fronteiriças com a Ucrânia.

A situação na Ucrânia foi abordada em reunião do Conselho de Segurança da Rússia presidida por Putin, que viaja hoje em visita oficial à China.

Segundo a ONU, quase 130 pessoas - soldados, separatistas e civis - morreram em atos de violência durante a operação.

Moscou, acusado pelo governo pró-Ocidente de Kiev de apoiar os separatistas no leste do país, respalda o princípio de uma reforma constitucional na Ucrânia que leve em consideração a vontade das regiões pró-Rússia do leste.

Os referendos organizados nestas regiões, denunciados por Kiev e pelos países ocidentais, deram uma vitória ampla ao desejo de independência.

A Rússia questiona a legitimidade da eleição presidencial de 25 de maio na Ucrânia, quando o governo ucraniano realiza uma operação armada que Moscou chama de "repressiva" contra os insurgentes separatistas.

Em março, Moscou mobilizou tropas - até 40 mil homens, segundo fontes ocidentais - sob o pretexto de manobras perto da fronteira ucraniana, o que provocou temores de uma invasão. Putin afirmou na semana passada que os militares haviam recuado, mas o governo dos Estados Unidos afirmou que não tinha provas da movimentação.

Com informações da AFP e EFE.

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Fonte: Terra
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