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Europa

Rússia: Otan usa crise da Ucrânia para aumentar influência

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do país, a aliança militar não ofereceu, até o momento, qualquer agenda construtiva para solucionar a crise ucraniana e apenas aumentou a instabilidade na região

10 abr 2014 - 12h07
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<p>A Rússia acusa o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen (foto), de promover a desestabilização na Ucrânia</p>
A Rússia acusa o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen (foto), de promover a desestabilização na Ucrânia
Foto: Reuters

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusou a Otan nesta quinta-feira de usar a crise na Ucrânia para aumentar seu apelo junto aos membros e justificar sua existência, reunindo-os contra uma ameaça imaginária.

Rússia e os países ocidentais estão em um disputa ao estilo da Guerra Fria sobre a Ucrânia, e o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, avisou Moscou para retirar suas tropas da fronteira com a Ucrânia ou irá enfrentar consequências se intervierem.

O ministério russo disse que as declarações de Rasmussen são provocadoras e que nos últimos meses ele não ofereceu "qualquer agenda construtiva" para a crise da Ucrânia e que estaria aumentando a instabilidade na região.

"As constantes acusações contra nós por parte do secretário-geral nos convence de que a aliança está tentando usar a crise na Ucrânia para reunir suas fileiras diante de uma ameaça externa imaginária aos membros da Otan e para fortalecer a demanda para a aliança no século 21", disse.

A Otan suspendeu toda a cooperação militar e civil com a Rússia, embora tenha dito que o diálogo político poderia continuar em nível de embaixador ou superior, desde que a Rússia incorporou a Crimeia no mês passado.

A aliança militar ocidental também tem limitado o acesso de diplomatas russos à sua sede e está revisando um acordo de 1997 de cooperação com a Rússia e a posterior declaração de Roma de 2002, que impede a criação de bases na Europa Central e Oriental.

A Rússia respondeu acusando a Otan de ter uma mentalidade da Guerra Fria e manifestou preocupação com a possibilidade do envio de tropas permanentes da aliança para a Europa Oriental.

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