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Rússia: resposta a sanções não deixarão EUA indiferentes

Chanceler russo disse esta quinta-feira que respostas russas sobre sanções ocidentais poderão ser "assimétricas"

20 mar 2014 - 08h33
(atualizado às 08h33)
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A Rússia responderá as possíveis sanções americanas pela anexação da Crimeia com medidas que não deixarão os Estados Unidos "indiferentes", afirmou o vice-chanceler russo Serguei Riabkov.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, durante coletiva de imprensa na sexta-feira, em Londres. O chanceler disse ao secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que as sanções ocidentais sobre a disputa na Crimeia eram "inaceitáveis" e poderão ter consequências. 14/03/2014
O chanceler russo, Sergei Lavrov, durante coletiva de imprensa na sexta-feira, em Londres. O chanceler disse ao secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que as sanções ocidentais sobre a disputa na Crimeia eram "inaceitáveis" e poderão ter consequências. 14/03/2014
Foto: Suzanne Plunkett / Reuters

"Se em Washington ganhar a linha que consiste em atiçar o confronto, em tentar nos ditar algo com base em sanções, não há dúvida de que, da nossa parte, não nos limitaremos a sanções específicas, que só tomariam como alvo certos indivíduos", advertiu Riabkov.

"Estamos estudando uma longa lista de opções. Podem ser medidas recíprocas, relativas a listas de autoridades oficiais americanas, mas também temos a possibilidade de adotar medidas assimétricas", completou.

Ele destacou a possibilidade de medidas que "não deixarão Washington indiferente, já que existe toda uma série de âmbitos de diálogo e de contatos, em certa medida de cooperação, que têm importância para a parte americana", disse.

Riabkov, que fez as declarações em Viena, onde acontecem as negociações entre as grandes potências e o Irã sobre o programa nuclear de Teerã, sugeriu na quarta-feira que a crise poderia ter repercussões sobre a posição de Moscou nesta questão.

O ministério russo das Relações Exteriores também divulgou na quarta-feira uma declaração agressiva a respeito dos Estados Unidos sobre a questão síria, na qual afirmava que Washington havia renunciado de fato a seu papel de "copatrocinador" de uma solução política ao fechar sua representação diplomática em Damasco.

Na segunda-feira, o governo americano anunciou sanções seletivas contra 11 autoridades russas e ucranianas ligadas a Moscou, sete delas ligadas ao presidente Vladimir Putin.

O Departamento de Estado americano afirmou que a questão não era saber se Washington reforçaria as sanções, mas "quando" pretendia fazê-lo, depois da incorporação à Rússia da península ucraniana da Crimeia.

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