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Rússia se opõe a sanções dos Estados Unidos contra Venezuela

O pacote de sanções aprovado contra funcionários do governo e que agora segue para aprovação do Senado americano é uma resposta à repressão aos protestos contra Nicolás Maduro

29 mai 2014 - 10h50
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<p>O ministro das Relações Exteriores da Rússia ressaltou que os problemas na Vanezuela devem ser resolvidos de forma constitucional, sem  ingerência externa. Na foto, Lavrov participa de encontro com o colega venezuelano, Elias Jaua, em Moscou, em 29 de maio</p>
O ministro das Relações Exteriores da Rússia ressaltou que os problemas na Vanezuela devem ser resolvidos de forma constitucional, sem ingerência externa. Na foto, Lavrov participa de encontro com o colega venezuelano, Elias Jaua, em Moscou, em 29 de maio
Foto: Reuters

A Rússia se opõe às sanções que os Estados Unidos se preparam para adotar contra a Venezuela pela repressão dos protestos antigovernamentais, afirmou nesta quinta-feira o chanceler russo, Serguei Lavrov, em uma coletiva de imprensa junto ao seu colega venezuelano, Elias Jaua.

"Todos os problemas (de um país) devem ser resolvidos de forma constitucional, sem nenhuma ingerência externa, nem mesmo sob forma de sanções ou ameaças de sanções", declarou o chefe da diplomacia russa.

"Ratificamos nossa solidariedade com o governo de Nicolás Maduro, em seu empenho para superar certas dificuldades na Venezuela e de iniciar um diálogo (...) com a oposição", acrescentou.

A Câmara de Representantes do Congresso americano aprovou na quarta-feira um pacote de sanções contra funcionários da Venezuela por supostas violações de direitos humanos durante as manifestações antigovernamentais.

Estas medidas devem ser votadas agora no Senado antes de se converter em lei.

Caso o presidente Barack Obama dê sua aprovação definitiva, incluirão o congelamento de ativos e a negação de vistos a funcionários venezuelanos.

Os protestos iniciados em fevereiro contra o presidente Maduro, que deixaram 42 mortos, diminuíram nos últimos dias, embora a tensão persista pelo congelamento do diálogo entre o governo e a oposição.

Rússia e Venezuela estreitaram nos últimos dias seus vínculos econômicos, políticos e em matéria de defesa. A aproximação começou sob a presidência de Hugo Chávez e prosseguiu com seu sucessor e herdeiro político, Nicolás Maduro.

Os dois países se converteram em aliados diplomáticos. A Venezuela expressou seu apoio à Rússia contra os países ocidentais na atual crise da Ucrânia.

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