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Saiba quem é o suspeito de arquitetar os ataques em Paris

Abdelhamid Abaaoud, apontado como o "cérebro" por trás dos atentados, é conhecido por ter recrutado o irmão de 13 anos para se juntar ao EI

16 nov 2015 - 15h59
(atualizado às 16h59)
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De acordo com revista francesa, o nome de Abaaoud já era conhecido pela polícia da França por aparecer em diversas investigações
De acordo com revista francesa, o nome de Abaaoud já era conhecido pela polícia da França por aparecer em diversas investigações
Foto: Picture Alliance / Deutsche Welle / Reprodução

Um cidadão belga que se encontra atualmente na Síria é apontando como o principal suspeito de ter planejado a série de ataques terroristas em Paris, que deixaram 129 mortos e mais de 350 feridos na última sexta-feira (13).

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De acordo com fontes ouvidas pelas agências Reuters e AFP, trata-se de Abdelhamid Abaaoud, de 27 anos, que integra as fileiras do Estado Islâmico na guerra civil que assola a Síria desde 2013, sob o nome de Abu Omar al-Baljiki.

Com ascendência marroquina e nascido em Moleenbeck, na região metropolitana de Bruxelas, Abaaoud é um velho conhecido da imprensa belga. Em 2014, ele foi tema de diversas reportagens locais ao recrutar seu irmão caçula, de 13 anos, para se juntar ao EI na Síria.

O caso provocou comoção no país, que apelidou o adolescente de "o mais jovem jihadista na Síria". Em julho, Abaaoud foi julgado por uma corte belga e condenado à revelia a 20 anos de prisão por recrutar combatentes para as fileiras do EI.

Ele também apareceu recentemente em um vídeo divulgado pelo grupo jihadista conduzindo uma picape que carregava quatro corpos mutilados em uma área dominada pelo grupo.

Em fevereiro de 2015, a revista Dabiq, um dos veículos de comunicação do EI, publicou uma extensa entrevista com Abaaoud na qual ele declarou ter planejado ataques na Bélgica. Em um vídeo divulgado em 2014, Abaaoud declarou: "por toda a minha vida eu vi o sangue dos muçulmanos ser derramado. Eu rezo para que Alá destrua e extermine todos que se oponham a ele".

Em janeiro deste ano, Abaaoud já havia sido apontado por autoridades belgas como um dos chefes da célula terrorista de Verviers (leste da Bélgica) que foi desbarata em uma operação policial. Na ocasião, dois suspeitos foram mortos.

De acordo com a revista francesa Le Nouvel Observateur, a polícia da França já conhecia Abaaoud. O nome dele apareceu em diversas investigações. Em agosto deste ano, um homem identificado como Reda H. foi preso pela polícia do país após voltar da Síria. Em depoimento, ele contou que havia recebido a missão de atacar uma casa de concertos na França e apontou que o plano fora arquitetado por Abaaoud.

Ainda segundo a imprensa francesa, o nome de Abaaoud apareceu nas investigações de outros atentados frustrados, como o de um ataque a uma igreja de Villejuif em abril – na ocasião, um terrorista argelino que planejava chacinar membros de uma congregação matou uma mulher, mas não conseguiu seguir com o ataque após atirar acidentalmente no próprio pé.

Autoridades afirmaram que Abaaoud foi também citado nas investigações do ataque, em agosto, ao trem de alta velocidade Thalys, que fazia a rota Amsterdã-Paris. O ataque foi impedido por um grupo de passageiros que dominou um terrorista armado com um fuzil.

O Le Nouvel Observateur cita ainda que Abaaoud manteve contato com Mehdi Nemmouche, o atirador do Museu Judaico em Bruxelas, em maio do ano passado e que ele conhecia pessoalmente um dos irmãos Abdeslam, suspeitos de participação nos ataques em Paris.

França bombardeia posições do Estado Islâmico na Síria:
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