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Europa

Sánchez toma posse como primeiro-ministro da Espanha

Após aprovação da moção de censura no parlamento contra o então premiê Mariano Rajoy, o líder socialista prometeu em seu governo dialogar com a Catalunha e 'estabilizar socialmente o país'

2 jun 2018 - 08h38
(atualizado às 09h52)
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 Sánchez se tornará o terceiro socialista a comandar o governo espanhol desde 1977.
Sánchez se tornará o terceiro socialista a comandar o governo espanhol desde 1977.
Foto: DW / Deutsche Welle

O socialista Pedro Sánchez, novo presidente da Espanha, tomou posse neste sábado, 2, diante do rei Felipe VI e de seu antecessor, Mariano Rajoy, que foi destituído do cargo de primeiro-ministro após uma moção de censura aprovada pela maioria do parlamento nesta sexta-feira, 1.

"Prometo, pela minha consciência e honra, cumprir fielmente com as obrigações do cargo de presidente do Governo, com lealdade ao rei, e guardar e fazer cumprir a Constituição como norma fundamental do Estado, assim como manter o sigilo das deliberações do Conselho de Ministros", leu Sánchez, durante sua posse. Na cerimônia, realizada no Palácio da Zarzuela, residência da realeza espanhola, esteve presente, além de seu antecessor, as principais autoridades estatais.

A reviravolta socialista

Mariano Rajoy não é mais primeiro-ministro da Espanha. O conservador foi derrubado por uma moção de censura no Parlamento e será substituído pelo socialista Pedro Sánchez.

Pedro Sánchez, líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), subiu ao cargo de premiê da Espanha após mover a histórica moção de censura que obteve apoio da maioria absoluta do Congresso (180 votos a favor e 169 contra), forçando a saída do conservador Mariano Rajoy, líder do Partido Popular (PP).

A moção, apresentada há uma semana pelos socialistas, tinha como base de argumentação a deflagração de um esquema de corrupção envolvendo a alta cúpula do PP. A iniciativa foi tomada após altos executivos da legenda do então premiê, terem sido condenados em um esquema ilícito de financiamento eleitoral e mensalão de empreiteiras a políticos, semelhante aos trâmites da Lava Jato no Brasil. No documento, o PSOE disse que Rajoy teve irresponsabilidade no cargo por não assumir medidas cabíveis após a condenação de membros de seu partido por corrupção.

Sánchez, de 46 anos, reconheceu que "certamente" terá dificuldades em seu governo. Mas em seu discurso, após a destituição de Rajoy, ele reiterou o "compromisso com a Europa" e prometeu "estabilizar socialmente o país", priorizando políticas a favor do meio ambiente e de igualdade entre homens e mulheres. Quanto ao governo separatista da Catalunha, Sánchez prometeu diálogo. "Este governo quer que a Catalunha esteja na Espanha e escutará a Catalunha", afirmou o líder socialista. / EFE

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