Sarkozy pede "modificações drásticas" na segurança da França
O líder da oposição e ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu neste domingo (15) "modificações drásticas" na política de segurança do presidente François Hollande, durante reunião no Eliseu depois dos múltiplos atentados terroristas de sexta-feira (13) em Paris.
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"Eu lhe disse que deveríamos construir respostas adaptadas, o que quer dizer mudanças na política externa, decisões no plano europeu e uma modificação drástica de nossa política de segurança, dentro do respeito de nossas convicções", declarou o ex-presidente à imprensa na saída do encontro.
Sarkozy disse ter apresentado várias propostas a Hollande sobre segurança interior e pediu que "sejam tiradas as conclusões dos erros e adaptados nossos dispositivos" e não só aplicar medidas preventivas para a realização da cúpula internacional sobre a mudança climática (COP21) em Paris em dezembro.
Em sua opinião, os atentados em cadeia que deixaram pelo menos 129 mortos e 352 feridos na sexta-feira na capital francesa são "uma situação que nos situa a todos frente a nossas responsabilidades".
"A única coisa que importa é que amanhã os franceses se sintam seguros. Hoje não é assim. Temos que realizar as mudanças que permitam garantir a segurança", completou Sarkozy.
No plano internacional, o líder da oposição francesa afirmou que "necessitamos de todo o mundo para exterminar o Estado Islâmico, especialmente os russos".
Sarkozy acrescentou que a Europa precisa "determinar as condições de uma nova política de migração" e "tramitar conjuntamente a onda migratória e a situação na Síria".
"Cada um é responsável de responder a esta preocupação e às consequências deste estado de guerra", assinalou, ressaltando que "guerra não é uma palavra que se pronuncia ao acaso, com leveza".
Sarkozy abriu no Eliseu a rodada de consultas que Hollande vai realizar com os principais líderes políticos para buscar unidade após os atentados.
Pela tarde, o chefe de Estado se reunirá com os presidentes da Assembleia Nacional, Claude Bartolone, e do Senado, Gérard Larcher, e em seguida verá os representantes do centrista Modem, do ultradireitista Frente Nacional (FN), do defensor da soberania Débout a France, e do Partido da Esquerda.