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Sarkozy se pronunciará hoje sobre caso de corrupção ativa

Ex-presidente francês não tinha dado declarações ao entrar e sair da sede da polícia em Paris, onde foi interrogado nesta terça-feira

2 jul 2014 - 09h19
(atualizado às 09h24)
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<p>Ex-presidente da Fran&ccedil;a, Nicolas Sarkozy chega com a pol&iacute;cia, de carr,o na unidade de investiga&ccedil;&atilde;o financeira em Paris para ser apresentado a um juiz, na tarde de ter&ccedil;a-feira, 1 de julho</p>
Ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy chega com a polícia, de carr,o na unidade de investigação financeira em Paris para ser apresentado a um juiz, na tarde de terça-feira, 1 de julho
Foto: Pascal Rossignol / Reuters

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, acusado nesta madrugada por corrupção ativa, tráfico de influência e violação do sigilo da investigação, falará nesta quarta-feira em entrevista sobre as acusações contra si.

A entrevista do ex-chefe do Estado - entre 2007 e 2012 - será divulgada de forma simultânea nos telejornais de maior audiência das emissoras TF1 e Europe 1.

Até o momento, Sarkozy, primeiro ex-chefe de Estado francês obrigado a prestar depoimento como detido, não fez declarações, nem ontem, ao entrar e sair da sede da polícia, nem nesta manhã.

Seu sucessor, no entanto, se pronunciou contra a validade legal das escutas telefônicas que provocaram sua acusação, ao entender que violam o direito de confidencialidade que existe entre um advogado e seu cliente.

Através desses escutas, os investigadores deduzem que Sarkozy e seu advogado recebiam de parte de um alto magistrado filtragens sobre instruções em curso contra o político conservador.

Tanto seu advogado, Thierry Herzog, como esse juiz do Tribunal de Cassação, Gilbert Azibert, se encontram igualmente acusados, em um caso que a direita vê como um complô para evitar o retorno de Sarkozy à cena política, com a vista posta nas eleições presidenciais de 2017.

Com relação a isso, o atual presidente, François Hollande, ressaltou hoje no conselho de ministros que, desde o início de seu quinquênio, "as duas regras, os dois grandes princípios" sobre as que se apoia sua ação são "a independência da Justiça" e "a presunção de inocência".

Pouco antes, o primeiro-ministro, Manuel Valls, tinha destacado que, embora "os fatos sejam graves", "ninguém está acima da lei" mas a presunção de inocência é válida "para todomundo: o ex-presidente da República, seu advogado ou o juiz acusado".

EFE   
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