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Separatistas dizem ter achado 40 corpos em fossa na Ucrânia

Corpos vestiam roupas comuns, estavam com as mãos atadas nas costas e possuíam sinais de tiros nas cabeças e corpos

25 set 2014 - 08h56
(atualizado às 08h58)
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Separatistas encontraram corpos em vala comum que podem ser de civis
Separatistas encontraram corpos em vala comum que podem ser de civis
Foto: David Mdzinarishvili / Reuters

Os separatistas pró-Rússia informaram nesta quinta-feira que cerca de 40 corpos de civis foram encontrados em valas comuns na região de Donetsk, segundo o site Rusnovosti.

O "primeiro-ministro" da autoproclamada República Popular de Donetsk, Aleksandr Zakharchenko, disse ao site que os corpos foram achados em uma das três valas comuns localizadas na cidade Nizhniaya Krinka e seus arredores.

Zakharchenko acrescentou que nas outras duas fossas jazem militares ucranianos e insurgentes sem que tenha especificado seu número.

O líder do partido separatista detalhou que alguns cadáveres não têm órgãos e que, por enquanto, não se pôde estabelecer se tinham sido retirados antes ou depois da morte.

Os separatistas informaram ontem de enterros maciços na região de Donetsk, após o que a Rússia denunciou supostos crimes de guerra contra civis cometidos pelas forças governamentais ucranianas durante os combates com as milícias pró-russas no leste da Ucrânia.

Concretamente, a chancelaria russa só fez referência à "vala comum" achada pelos rebeldes na mina número 22 da cidade de Kommunar, a 60 quilômetros de Donetsk, "com vários cadáveres meio decompostos com vestimentas civis".

"É evidente que esses indivíduos foram castigados, como denota o fato de suas mãos estarem atadas às costas, os sinais de disparos na cabeça e as cápsulas de projétil do calibre 9 milímetros perto dos corpos", assinalou.

Ucrânia solicitará entrada na União Europeia em 2020

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, informou nesta quinta-feira que o país solicitará a entrada na União Europeia (UE) em 2020, após a aplicação de um plano de reformas.

Poroshenko informou, durante uma reunião com juízes ucranianos, que a "Estratégia 2020" prevê 60 reformas e programas sociais que serão preparados pela Ucrânia para solicitar a adesão como membro da UE dentro de seis anos.

Ucrânia e UE ratificaram em 16 de setembro um Acordo de Associação, que confirma a vontade de Kiev de estreitar os laços com os ocidentais e afastar-se da Rússia.

Ucrânia autoriza fechamento temporário da fronteira 

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, autorizou o governo a fechar temporariamente os 2.300 km de fronteira com a Rússia em um decreto publicado nesta quinta-feira.

O decreto, assinado depois de cinco meses de combates no leste do país entre o exército e os separatistas pró-Rússia, autoriza o governo a fechar as fronteiras terrestres e marítimas.

A decisão foi tomada "em consequência da contínua interferência da Federação da Rússia nos assuntos internos da Ucrânia", afirma o texto do decreto.

A Ucrânia e os países ocidentais acusam a Rússia de ter enviado tropas ao leste do país para apoiar os rebeldes que exigem a independência das regiões de língua russa.

Os combates começaram depois que Moscou anexou a Crimeia, uma península do sul da Ucrânia, após um referendo que não foi reconhecido pela comunidade internacional.

A anexação aconteceu depois da destituição, em fevereiro, do presidente ucraniano Viktor Yanukovytch, um simpatizante do Kremlin.

Atualmente, uma trégua está em vigor no leste da Ucrânia, após a assinatura de um plano de paz no sábado passado, mas ainda não foi encontrada uma solução política para a crise, já que os rebeldes rejeitaram a oferta de um estatuto especial para as regiões separatistas.

Com informações da EFE e AFP. 

Entenda a crise na Ucrânia Entenda a crise na Ucrânia

EFE   
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