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Separatistas morrem durante operação de forças ucranianas

Os rebeldes estariam tentando resgatar corpos de companheiros mortos pelo Exército próximo ao aeroporto de Donetsk

31 mai 2014 - 16h04
(atualizado às 16h07)
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Separatista caminha próximo aos caixões com os corpos dos colegas mortos em confronto com forças de segurança ucranianas perto do aeroporto de Donetsk, em 29 de maio
Foto: AP

O líder separatista ucraniano Denis Pushilin disse neste sábado que seis rebeldes foram mortos ao tentarem recuperar os corpos dos companheiros mortos pelo Exército ucraniano esta semana perto do aeroporto de Donetsk.

As forças da Ucrânia recuperaram na segunda-feira o controle do aeroporto, no leste do país, matando pelo menos 50 separatistas, após a eleição presidencial, no domingo, que deu ao bilionário Petro Poroshenko uma grande vitória.

Foi a primeira vez que a Ucrânia lançou toda sua força em dois meses de rebelião. A crise é causada, em parte, pela derrubada do presidente ucraniano pró-Rússia e a anexação da Crimeia pelas tropas russas.

"Eles morreram tentando retomar o aeroporto ucraniano e os nossos rapazes estavam tentando obter seus corpos", disse Pushilin por telefone, sem dar mais detalhes sobre a violência. Ele também disse que outros seis foram mortos na sexta-feira, 30.

Embora os combates tenham cessado em Donetsk, o confronto pelo aeroporto da cidade permaneceu sem solução no sábado.

A agência de notícias Interfax citou o auto-intitulado primeiro-ministro da República Popular de Donetsk dizendo que os separatistas vão pedir à Cruz Vermelha Internacional para resgatar os corpos perto do aeroporto.

Um porta-voz da "operação antiterrorismo" em Kiev disse que dois novos ataques ao aeroporto foram repelidos por forças ucranianas. Não foi possível dizer se os ataques eram, na verdade, tentativas dos separatistas de recuperar corpos.

Em Donetsk, 2.000 pessoas se reuniram na praça central Lenin no sábado, com bandeiras russas e gritando "Rússia, Rússia" em apoio à república auto-proclamada, que tem buscado o apoio de Moscou.

"Não tenho nenhum outro propósito além de fazer Donbass parte da Rússia", disse Alexander Boroday, auto-nomeado primeiro-ministro da república, referindo-se a uma região que contém os principais setores industriais da Ucrânia: as minas de carvão e de aço.

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