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Suspeito de decapitar chefe na França nega motivação religiosa

29 jun 2015 - 12h41
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O homem detido na França sob suspeita de decapitar o chefe e tentar explodir uma indústria química disse a investigadores que não teve nenhuma motivação religiosa, de acordo com uma fonte próxima ao inquérito.

Yassin Salhi, suspeito de decapitar o chefe e tentar explodir uma indústria química, sendo levado pela polícia, em Saint-Priest.   28/06/2015
Yassin Salhi, suspeito de decapitar o chefe e tentar explodir uma indústria química, sendo levado pela polícia, em Saint-Priest. 28/06/2015
Foto: Emmanuel Foudrot / Reuters

A fonte disse que Yassin Salhi, de 35 anos, contou aos investigadores que não é um jihadista e repetiu declarações feitas anteriormente dizendo que cometeu o ato nos arredores da cidade de Lyon, na sexta-feira, depois de brigar com a mulher na véspera e com o chefe alguns dias antes.

Salhi, que foi preso na cena do crime na sexta-feira, pode ser mantido por até 96 horas sob a lei francesa antes de ser acusado ou liberado.

A cabeça de seu chefe foi encontrada pendurada em um cerca no local, pertencente à companhia norte-americana de gás e químicos Air Products, próxima a uma bandeira com passagens da fé muçulmana.

Uma investigação em um dos telefones de Salhi revelou que ele tirou uma foto de si mesmo com a cabeça decapitada antes de ser preso e enviou a imagem para um número pertencente a um francês rastreado pela última fez em um reduto do Estado Islâmico na Síria.

O ataque de sexta-feira gerou novos temores sobre a segurança na França, menos de seis meses após o ataque ao jornal de sátiras Charlie Hebdo e uma loja judaica em Paris.

(Reportagem de Gregory Blachier)

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