Os dois suspeitos do atentado contra o jornal francês Charlie Hebdo foram vistos na manhã desta quinta-feira no Norte da França a bordo de um automóvel Clio cinza e com armas de guerra, indicaram fontes próximas da investigação.
O gerente de um posto de gasolina perto da pequena cidade de Villers-Cotterêts, em Aisne, a 100 km de Paris, “reconheceu formalmente os dois homens suspeitos de terem participado no atentado ao Charlie Hebdo”, explicou uma das fontes.
Os dois homens portavam rifles kalachnikov e lança-foguetes, confirmou outra fonte, adiantando que a placa do carro em que estavam “não corresponde ao veículo”.
Um policial disse que as brigadas de intervenção “receberam ordem para se equipar com espingardas de assalto e equipamento de proteção”.
Agentes de diversos corpos de elite das forças da ordem francesas, como o RAID e o GIGN, foram desdobrados pela zona para tentar localizá-los, apoiados por helicópteros. Nas entradas ao norte de Paris foram colocados controles com guardas armados com fuzis e equipamentos de proteção perante a possibilidade que tentem voltar à capital.
O ex-ministro do Interior Claude Guéant ressaltou à "France Info" que "não há dúvida de que eles serão detidos", embora disse não dispõe de informações precisas.
Os procurados são os irmãos Chérif e Said Kouachi, de 32 e 34 anos, respectivamente, suspeitos da autoria do ataque em Paris que causou 12 mortos.
Chérif é um jihadista conhecido dos serviços antiterroristas franceses, tendo sido condenado em 2008 a três anos de prisão, pela participação numa rede de envio de combatentes para a Al Qaeda, no Iraque.
O terceiro suspeito do atentado ao Charlie Hebdo, de 18 anos, foi detido depois de se entregar às autoridades.