Suspeitos trabalhavam no resort onde Madeleine McCann desapareceu
Os suspeitos são portugueses empregados do Ocean Club, complexo turístico da Praia da Luz, onde a menina sumiu aos 3 anos em 2007
Três novos suspeitos de ligação com o sequestro da menina Madeleine McCann, na época com 3 anos, trabalhavam no resort onde a menina desapareceu, segundo o jornal Daily Mail. Investigadores portugueses e da Scotland Yard se reuniram nesta semana para estudar novos progressos na investigação do caso.
Os detalhes foram revelados pelo jornal português Correio da Manhã, que escreveu que os principais suspeitos seriam empregados do Ocean Club, em Algarve.
As descobertas foram divulgadas dois dias depois do encontro entre a polícia local e a delegação da Scotland Yard. E vêm em meio ao crescente otimismo da polícia de que estariam à beira de um grande avanço no caso.
No encontro, os detetives tiveram contato com os detalhes bancários do trio, ainda sem nomes revelados, que teria realizado arrombamentos no resort.
Embora tenha sido descoberto que os homens eram empregados no complexo turístico do Ocean Club, os policiais não deixaram claro se eles estavam realmente trabalhando no dia em que a menina desapareceu, em maio de 2007. Outra informação que não ficou clara é se os três homens foram contratados pela empresa Mark Warner, que administra o local, ou se foram terceirizados.
A polícia investiga as casas onde os sequestradores moravam pelas informações coletadas em interrogatórios com trabalhadores locais.
A última reviravolta na investigação veio semanas depois que o Mail contou exclusivamente que a Scotland Yard havia identificado três assaltantes como principais suspeitos.
Uma teoria acreditada é que os assaltantes invadiram o apartamento dos McCann, que saíram para jantar, e teriam ficado em pânico quando Madeleine acordou.
Análises realizadas nos celulares do trio mostram que eles estavam próximos do local onde aconteceu o sequestro e mantiveram contato nas horas que se seguiram ao desaparecimento da menina.
Progresso na investigação
A polícia de Portugal confirmou a reunião de três horas entre os oficiais que investigam o caso, comandados pelo inspetor chefe, o detetive Andy Redwood, mas se recusou a falar detalhes.
O jornal local Correio do Manhã afirmou que as autoridades britânicas e portuguesas encontraram as casas dos três empregados do Ocean Club e tiveram acesso às contas bancárias do trio para ver se havia depósitos de dinheiro em grande quantidade depois do desaparecimento de Madeleine McCann.
O advogado dos McCann em Portugal, Rogerio Alves, disse que ele estava consciente das descobertas feitas pela Scotland Yard.
O Ocean Club tem cerca de 130 empregados portugueses e 30 britânicos.
O progresso na investigação foi frustrado com a relutância das autoridades portuguesas para concordar com uma investigação conjunta formal. E, como nenhum dos assaltantes é britânico, oficiais britânicos não têm competência para prendê-los em Portugal. Nos bastidores, acontecem discussões diplomáticas para que os detetives britânicos possam ser baseados em Portugal.
Os pais de Maddie, Kate e Gerry McCann, de Rothley, Leicestershire, não quiseram comentar as últimas descobertas, assim como um porta-voz da Mark Warner.