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Europa

Timoshenko: Rússia declarou guerra à Ucrânia, EUA e Reino Unido

A ex-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Timoshenko, fez um discurso à população do país lembrando que Rússia, Estados Unidos e Reino Unido são fiadores da integridade territorial da Ucrânia desde 1994

3 mar 2014 - 12h26
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<p>Yulia Timoshenko em discurso na Pra&ccedil;a da Independ&ecirc;ncia ap&oacute;s liberta&ccedil;&atilde;o em 22 de fevereiro</p>
Yulia Timoshenko em discurso na Praça da Independência após libertação em 22 de fevereiro
Foto: AFP

Ao ocupar a Crimeia, a Rússia declarou guerra não apenas à Ucrânia, mas também aos Estados Unidos e ao Reino Unido, que são fiadores de sua soberania, declarou a ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko em um discurso à nação.

"Vladimir Putin compreende que, ao nos declarar guerra, ela também é declarada aos fiadores de nossa segurança, ou seja, Estados Unidos e Reino Unido", declarou Timoshenko em um vídeo disponível em seu site.

Rússia, Estados Unidos e Reino Unido são fiadores da integridade territorial da Ucrânia desde 1994, quando esta ex-república soviética renunciou às armas nucleares.

"Não acredito que a Rússia cruze esta linha vermelha. Se o fizer, perderá", ressaltou a ex-primeira-ministra.

Timoshenko também considerou que a "agressão russa" teria sido impossível se a Ucrânia tivesse aderido antes à Otan.

Figura da Revolução Laranja pró-ocidental em 2004, Timoshenko foi libertada após a destituição do presidente Viktor Yanukovytch, seu adversário nas eleições presidenciais de 2010, no dia 22 de fevereiro.

Foi condenada em 2011 a sete anos de prisão por abuso de poder, em um julgamento considerado político por muitos observadores.

Timoshenko também disse que o lançamento da agressão russa era o resultado da nova revolução ucraniana, que colocou fim ao regime de Yanukovytch, a quem acusou de estar subordinado à Rússia.

"A Rússia não quis aceitar. Agora decidiu se apoderar da Ucrânia com uma intervenção armada", completou.

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