Cerca de 500 militares estão sendo posicionados na região de Paris após três dias de terror que deixaram 17 mortos na capital francesa. O ministro do Interior, Bernard Cazaneuve, disse que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para proteger o país.
Após se reunir com os principais ministros franceses na manhã deste sábado, Cazaneuve anunciou que o nível de alerta das forças de segurança na França será mantido em seu patamar máximo "durante as próximas semanas".
Ele também prometeu que um esquema de segurança reforçado será implementado na capital durante o domingo, durante a realização de uma marcha massiva em homenagem às vítimas dos ataques.
O evento deve ter a participação dos premiês David Cameron (Grã-Bretanha), Ahmet Davutoglu (Turquia), Mariano Rajoy (Espanha), Sergei Lavrov (Rússia) e da chanceler (premiê) Angela Merkel (Alemanha) - além das autoridades do governo francês.
"No sábado, os franceses vão gritar seu amor pela liberdade", afirmou o premiê francês Manuel Valls.
Ele também disse que a França será "firme e implacável diante dos inimigos da liberdade" e exortou as pessoas a "assumir suas responsabilidades".
Inteligência francesa tenta localizar cúmplices de extremistas mortos em cercos
Neste sábado, o clima é de consternação no país. Ao menos 22 mil pessoas participaram de marchar silenciosas para lembrar as vítimas dos atentados na capital e nas cidades de Nice, Pau e Orleans.
Enquanto isso, setores de inteligência e a polícia caçam possíveis cúmplices dos três atiradores mortos pela polícia depois de dois cercos na sexta-feira.
De acordo com a Promotoria, cinco pessoas ligadas aos suspeitos estão sob custódia da polícia.
O principal alvo é porém a companheira do extremista que invadiu um supermercado na sexta-feira - Hayat Boumeddiene, que foi classificada como "armada e perigosa", e está foragida. Ela é suspeita de ter participado do assassinato de uma policial na quinta-feira.
Após as ações contra os extremistas, o presidente François Hollande disse que o perigo ainda não passou.
"Temos que ficar vigilantes. Também peço para que vocês fiquem unidos – essa é a nossa melhor arma", afirmou em pronunciamento à nação.
Cercos
Os dois cercos da polícia a extremistas na França na sexta-feira terminaram de forma dramática.
O primeiro deles – em Dammartin-en-Goele, a 35 quilômetros de Paris – evolveu os dois irmãos que atacaram a revista Charlie Hebdo na quarta-feira, matando 12 pessoas.
Cherif e Said Kouachi foram mortos pela polícia quando saíram atirando do prédio onde estavam refugiados. O local estava cercado pelas forças de segurança.
Autoridades afirmaram que eles tinham um lança rojão protátil, conhecido como RPG (sigla em inglês de granada propelida por foguete), pronto para ser usado.
Um funcionário feito refém havia sido solto mais cedo pelos suspeitos e um segundo empregado, que estava escondido na lanchonete do edifício, foi libertado pela polícia quando o tiroteio terminou.
Logo depois, as forças de segurança lançaram um ataque contra o supermercado invadido por Amedy Coulibaly em Paris. O suspeito foi morto e 15 reféns foram resgatados. Os corpos de quatro vítimas foram encontrados. Elas teriam sido mortas antes da invasão policial.
Antes de ser morto, o atirador disse a uma rede de TV francesa por telefone que seria membro do autodenominado Estado Islâmico e que teria "coordenado" seu ataque com as ações dos irmãos Kouachi.
A Promotoria francesa confirmou que os três suspeitos falaram por telefone cerca de 500 vezes nos meses anteriores aos atentados.
Autoridades francesas disseram que decidiram invadir o supermercado porque podiam ouvir o que estava aocntecendo dentro do prédio. Isso porque depois de conversar com a emissora de TV, Coulibaly teria esquecido de desligar o telefone.
Por causa disso, em dado momento a polícia conseguiu ouvir o atirador recitando orações destinadas a pessoas à beira da morte e decidiu ordenar que dezenas de comandos armados invadissem o local.
Até a tarde de sábado o governo francês não havia divulgado informações sobre as quatro vítmas mortas.
A revista satírica "Charlie Hebdo", que foi ameaçada no passado por ter publicado caricaturas de Maomé, foi alvo nesta quarta-feira em Paris de um ataque
Foto: AFP
Ao menos 12 pessoas morreram em ataque
Foto: AFP
Quatro cartunistas e dois policiais estão entre as vítimas fatais
Foto: AFP
O presidente francês afirmou que se trata de um ataque terrorista
Foto: Christian Hartmann / Reuters
Equipes de segurança e emergência estão no local
Foto: Christian Hartmann / Reuters
Homens armados atacam sede de revista francesa; tiroteio deixa ao menos 12 mortos
Foto: The Telegraph / Reprodução
Homens armados atacam sede de revista francesa; tiroteio deixa ao menos 12 mortos
Foto: The Telegraph / Reprodução
Ao menos dois homens armados atacaram a sede da revista em Paris
Foto: The Telegraph / Reprodução
Vítimas são retiradas no prédio
Foto: The Telegraph / Reprodução
Bombeiros e policiais trabalham no resgate das vítimas do ataque terrorista contra a revista satírica "Charlie Hebdo"
Foto: Philippe Wojazer / Reuters
Vítima do atentado à revista "Charlie Hebdo" é socorrida por bombeiros
Foto: <p>Vítima do atentado à revista "Charlie Hebdo" é socorrida por bombeiros</p>
Ao todo, doze pessoas foram mortas no atentado, incluindo três cartunistas e o editor-chefe da revista
Foto: <p>Ao todo, doze pessoas foram mortas no atentado, incluindo três cartunistas e o editor-chefe da revista</p>
Pessoas se abraçam em frente ao escritório da revista "Charlie Hebdo" após atentado
Foto: Remy de la Mauviniere / AP
A Torre Eiffel de Paris, um dos monumentos mais emblemáticos do mundo, apagou sua luzes em homenagem às vítimas do atentado.
Foto: AFP
Forças policiais de intervenção procuram dois suspeitos de cometerem o atentado
Foto: Christian Hartmann / Reuters
Policial faz vigília em Porte de la Villete, um dos acessos da cidade de Paris, durante a busca pelos suspeitos do atentado.
Foto: EFE en español
Policiais franceses com um cão farejador em local de tiroteio perto de Paris. 08/01/2015
Foto: Christian Hartmann / Reuters
Cartazes de solidariedade na Praça da República em Paris
Foto: EFE en español
Cherif (esquerda) e Said Kuachi, os dois suspeitos do ataque à revista satírica Charlie Hebdo.
Foto: AP
Franceses e brasileiros se uniram em homenagem aos mortos no atentado contra a revista francesa, em Paris
Foto: André Naddeo / Terra
Um cartaz onde está escrito "Somos todos Charlie Hebdo" é erguido na embaixada francesa em Washington, nos EUA
Foto: Gary Cameron (UNITED STATES - Tags: POLITICS CRIME LAW CIVIL UNREST) / Reuters
Homem exibe cartaz com a mensagem "Eu Sou Charlie", em referência à revista francesa Charlie Hebdo, durante vigília na praça Republique, em Paris, em homenagem às vítimas do atentado ocorrido na redação da publicação, nesta quarta-feira. 07/01/2015
Foto: Youssef Boudlal / Reuters
Jornalistas da redação da agência AFP seguram cartazes em solidariedade às vítimas do ataque à revista Charlie Hebdo, em Paris
Foto: Bertrand Guay / AFP
Mulher segura cartaz com a frase "Eu sou Charlie" em frente ao Portão de Brandemburgo, perto da embaixada francesa em Berlim, para protestar contra o atentado à revista satírica francesa Charlie Hebdo. 07/01/2015
Foto: Fabrizio Bensch / Reuters
Atos de apoio a vítimas de ataque se espalham pela Europa
Foto: EFE
Governo francês elevou o alerta contra terrorismo ao nível máximo
Foto: AFP
Milhares de pessoas participam de uma vigília, na praça Republique, no centro de Paris
Foto: EFE en español
Uma pessoa ferida é transportada em uma ambulância depois do tiroteio
Foto: AP
Policiais investigam tiroteio na sede da revista francesa Charlie Hebdo, em Paris, na França, nesta quarta-feira. 07/01/2015
Foto: Youssef Boudlal / Reuters
Capa do dia da revista Charlie Hebdo, nesta quarta-feira
Foto: BBC Brasil / Reprodução
Nesta imagem de arquivo, o cartunista Charb, que ocupava o cargo de editor-chefe da revista, posa na redação da Charlie Hebdo, em Paris
Foto: Jacky Naegelen / Reuters
Polícia busca os culpados pelo atentado terrorista na revista satírica francesa
Foto: Reuters
Polícia fecha posto onde suspeitos teriam sido vistos na manhã seguinte ao atentado
Foto: Twitter
Funcionários do portal Mashable também realizaram uma homenagem aos jornalistas que morreram no atentado
Foto: Mashable / Twitter
Milhares de pessoas se reuniram em Paris, em homenagem às vítimas do sangrento atentado contra a revista humorística Charlie Hebdo
Foto: Twitter
Jornalistas da AFP protestam contra o ataque segurando cartazes
Foto: Loic Venance / AFP
Policiais buscam evidências enquanto homem não identificado é detido em operação na cidade francesa de Reims. 08/01/2015
Foto: Christian Hartmann / Reuters
"Nossa melhor arma é a nossa união. Nada pode nos dividir, nada deve nos separar", declarou Hollande, chefe de Estado da França
Foto: Philippe Wojazer / Reuters
Atos foram convocados por vários sindicatos, associações, meios de comunicação e partidos políticos
Foto: Reuters
Cerca de cinco mil pessoas se reuniram a partir das 17h locais (14h de Brasília) na praça da República, perto da sede do semanário.
Foto: Reuters
Diversos cartazes foram levantados em memória dos que morreram no ataque
Foto: Reuters
Velas foram acesas em homenagem às vítimas da revista semanal
Foto: Reuters
Ataque deixou 12 pessoas mortas na redação da revista
Foto: Reuters
Flores foram levadas para o ato em homenagem às vítimas do atentado
Foto: Reuters
Manifestação durou a noite toda em Paris
Foto: Reuters
Milhares de pessoas participam de uma vigília, na praça Republique, no centro de Paris
Foto: AFP
Alguns usavam adesivos e cartazes onde se podia ler a mensagem "Je suis Charlie" ("Eu sou Charlie"), que também circula nas redes sociais
Foto: AFP
Polícia revista pessoa que andava no entorno do mercado onde terroristas fizeram reféns
Foto: Dan Kitwood / Getty Images
População local observa cerco da polícia ao mercado judaico em Paris
Foto: Dan Kitwood / Getty Images
Ambulâncias e resgate foram disponibilizados para os sobreviventes da invasão.
Foto: Michel Euler / AP
População que ficou presa dentro do mercado saiu correndo do local; informações iniciais apontam que quatro reféns morreram na operação.
Foto: Michel Euler / AP
Polícia foi obrigada a usar força dentro mercado, matando um dos terroristas e libertando dezenas de reféns presentes no local. Um refém acabou morto e a sequestradora fugiu.
Foto: Dan Kitwood / Getty Images
Perímetro foi isolado pelas forças de segurança, que trabalham ativamente desde quarta-feira, quando 12 pessoas foram mortas dentro da sede da Charlie Hebdo.
Foto: Gonzalo Fuentes / Reuters
Grande contingente policial francês foi deslocado para tentar solucionar a questão.
Foto: Dan Kitwood / Getty Images
Respectivamente, Hayat Boumediene e Amedy Coulibaly, que mantiveram reféns no mercado judaico.
Foto: Twitter
O casal terrorista Hayat Boumediene e Amedy Coulibaly fez reféns dentro de um mercado judeu no leste de Paris, nesta sexta-feira. Outras três pessoas foram mortas por eles.
Foto: Gonzalo Fuentes / Reuters
Ao todo, cerca de 88 mil homens das forças armadas francesas participaram, por três dias, da caçada ao suspeito de envolvimento no ataque a revista Charlie Hebdo
Foto: Twitter
Por fim, a polícia invadiu o local e matou os dois irmãos. O refém foi liberado e passa bem.
Foto: Twitter
A polícia falou por celular com os irmãos durante o cerco a fábrica.
Foto: Twitter
Cerco policial foi formado para capturar os irmãos Said e Cherif Kouachi.
Foto: Christian Hartmann / Reuters
Os terroristas mantiveram um refém dentro de uma fábrica ao nordeste de Paris.
Foto: Pascal Rossignol / Reuters
Cherif Kuachi e Said Kuachi, irmãos suspeitos do atentado terrorista na revista Charlie Hebdo na quarta-feira, foram vistos na manhã desta sexta na cidade de Dammartin-en-Goele, no norte da França.
Foto: Thibault Camus / AP
Chinesa carrega cartaz em homenagem ao jornal alvo dos ataques na última quarta-feira, em francês e chinês
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Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu chega a Grande Sinagoga de Paris para discurso em homenagem às vítimas do ataque ao mercado kosher
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O presidente francês, Francois Hollande, conforta o colunista do Charlie Hebdo Patrick Pelloux durante a marcha pela liberdade
Foto: Reuters
Pessoas escalam o monumento da Queda da Bastilha durante os últimos momentos da marcha pela liberdade
Foto: EFE
Jovens sobem no monumento 'O Triunfo da República', no fim da marcha pelas ruas de Paris
Foto: Fernando Diniz / Terra
Cartaz que foi o mote da manifestação, "Eu sou Charlie" é visto no meio da manifestação
Foto: Reuters
Manifestação foi até o cair, com velas sendo acendidas pelos franceses
Foto: Reuters
No dia 14 de janeiro, franceses fizeram fila para comprar a primeira edição da revista após o ataque terrorista
Foto: Bertrand Guay / AFP
Fila é formada em banca de jornais; franceses encontraram dificuldades em comprar o Charlie Hebdo
Foto: Fernando Diniz / Terra
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