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Tropas ucranianas e separatistas combatem perto de Donetsk

Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, encerrou o cessar-fogo no confronto entre Kiev e os separatistas pró-Moscou

1 jul 2014 - 06h24
(atualizado às 06h34)
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As tropas do governo de Kiev e as milícias pró-russas vêm travando nesta terça-feira intensos combates nas localidades de Marinka e Karlovka, nas cercanias da cidade de Donetsk, capital da região de mesmo nome no sudeste da Ucrânia, segundo a agência local Ostrov. "Em Marinka, há combates há mais de duas horas", disse uma testemunha citada pela agência, que informou também sobre enfrentamentos armados em Karlovka.

As duas localidades se encontram a cerca de 20 quilômetros ao leste de Donetsk, cidade de quase 1 milhão de habitantes, controlada pelos separatistas pró-russos há mais de dois meses. "Esta manhã foi retomada a fase ativa da operação antiterrorista. Nossas forças armadas investem contra as bases e as fortificações dos terroristas", declarou hoje o presidente da Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia, Alexander Turchinov, ao abrir a sessão plenária do Legislativo.

Durante a madrugada, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, encerrou o cessar-fogo no confronto entre Kiev e os separatistas pró-Moscou no sudeste do país. "Vamos avançar e vamos libertar nossa terra. A extraordinária oportunidade para dar vida ao plano de paz foi desperdiçada", disse o líder ucraniano em mensagem à nação.

Poroshenko atribuiu o fracasso da trégua às "ações criminosas" dos separatistas, que - acrescentou - "publicamente declararam sua vontade de não cumprir o plano de paz, em geral, e o cessar-fogo, em particular". Segundo o chefe do Estado, "a direção política dos separatistas mostrou sua falta de vontade ou sua incapacidade para controlar suas unidades terroristas".

"As Forças Armadas, a Guarda Nacional, o Serviço de Guarda das Fronteiras e o Serviço de Segurança receberam as ordens pertinentes. Já não estão mais limitados para abrir fogo no cumprimento dos objetivos estabelecidos para conservar a integridade territorial", destacou.

O presidente ucraniano garantiu que a paz continua sendo seu objetivo e que "só mudam os instrumentos para sua consecução". "O caminho rumo à paz é mais complexo do que gostaríamos. Não quero mascarar a realidade: não será fácil, nem simples", acrescentou.

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EFE   
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