Turistas europeus são mortos em museu na Tunísia
Dois tunisianos e um terrorista também estariam entre os mortos; edifício fica perto do Parlamento do país
Dezessete turistas, poloneses, italianos, alemães e espanhóis, foram mortos nesta quarta-feira (18) no ataque contra o Museu do Bardo em Túnis por homens armados, anunciou o primeiro-ministro Habib Essid. "São 19 mortos, sendo 17 de nacionalidades polonesa, italiana, alemã e espanhola", afirmou à imprensa.
As duas vítimas tunisianas são um policial e um civil. O ministro da Saúde, Said Aidi, por sua vez, indicou que 38 pessoas ficaram feridas. De acordo com a TV local, os dois criminosos também foram mortos.
Mais cedo, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, condenou o ataque contra o Museu do Bardo em Túnis e informou sobre uma possível tomada de reféns em andamento. "Há uma tomada de reféns, certamente há turistas feridos e mortos", declarou Valls à imprensa, em Bruxelas, enfatizando que "este novo ato ilustra cruelmente a ameaça que a Europa e o mundo enfrentam".
Na mesma coletiva, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, indicou que preferia não se alongar sobre o tema. "Evidentemente, acompanhamos a situação de perto", acrescentou.
Mais cedo, vários disparos foram ouvidos junto ao museu, que fica perto do Parlamento. Segundo um membro do partido islamita Ennahda, os trabalhos no parlamento foram interrompidos. Reforços policiais e unidades antiterrorismo foram enviados à área.
A Tunísia registra desde a revolução popular de 2011 a ascensão de um movimento jihadista armado. Cerca de 60 policiais e militares foram mortos em confrontos perto da fronteira argelina, onde está ativo um grupo armado vinculado à Al-Qaeda.