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Tymoshenko diz que não quer posto de premiê da Ucrânia

Líder oposicionista pede que partido não apresente sua candidatura a primeira-ministra ucraniana; Yulia Tymoshenko foi recém-libertada da prisão

23 fev 2014 - 12h54
(atualizado às 13h05)
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Timoshenko discursa na Praça da Independência após libertação
Foto: AFP

A líder oposicionista da Ucrânia Yulia Tymoshenko, libertada da prisão no sábado depois que seu arquirrival - o então presidente Viktor Yanukovich - deixou Kiev, disse neste domingo que não quer ser considerada para o cargo de primeira-ministra.

Mais cedo, os partidários dela no Parlamento disseram que ela era uma das três favoritas para ser nomeada chefe do governo de unidade nacional.

"Foi uma surpresa para mim quando ouvi que eu estava sendo considerada para o posto de primeira-ministra. Ninguém acordou isso comigo ou discutiu isso comigo", disse. "Sou grata pelo respeito que isso mostra, mas peço para não ser considerada para este posto", acrescentou em comentários publicados em seu site na internet.

Os comentários sugerem que Tymoshenko, que por pouco foi derrotada por Yanukovich na eleição presidencial de fevereiro de 2010 e foi posteriormente presa em 2011 por abuso de poder como primeira-ministra, pode estar interessada em voltar a disputar a Presidência.

Presidente é destituído e oposição toma o poder na Ucrânia

O Parlamento começou hoje as discussões para formar uma coalizão parlamentar que possa debater as candidaturas, em mais um passo para a formalização da tomada do poder por parte da oposição na Ucrânia.

Esta é uma condição contemplada pela Constituição de 2004, que ontem foi novamente posta em vigor em uma sessão parlamentar na qual a oposição destituiu o presidente Viktor Yanukovich e nomeou vários cargos no Executivo, entre eles de alguns ministros

O Parlamento designou hoje como presidente interino da Ucrânia Alexandr Turchinov, braço-direito de Tymoshenko e desde ontem chefe do Legislativo.

Pouco antes de sua nomeação, Turchinov pediu aos deputados que iniciem consultas urgentes para estruturar a coalizão de maioria antes de terça-feira.

Após sua soltura ontem na cidade de Kharkiv, Tymoshenko, que cumpria pena por abuso de poder, anunciou a intenção de se candidatar nas eleições presidenciais antecipadas, convidadas pela Rada para 25 de maio.

Com informações da agência EFE.

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