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Europa

Ucrânia: 2 morrem em protestos próximos ao parlamento da Crimeia

Duas pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas em confrontos; uma multidão cercou o prédio do Parlamento na madrugada desta quinta-feira

27 fev 2014 - 07h31
(atualizado às 08h29)
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Ucranianos empurram uns aos outros durante confrontos em frente ao parlamento da Crimeia
Ucranianos empurram uns aos outros durante confrontos em frente ao parlamento da Crimeia
Foto: Reuters

O atual ministro do Interior da Ucrânia, Arsen Avakov, colocou a polícia e as forças de segurança do país em alerta após um grupo armado desconhecido invadir os edifícios do parlamento e da administração regional da Crimeia nesta quinta-feira.

Homens armados invadiram o edifício do governo e do parlamento da Ucrânia na península da Crimeia nesta quinta e hastearam uma bandeira russa o que parece demonstrar a discordância com o atual governo
Homens armados invadiram o edifício do governo e do parlamento da Ucrânia na península da Crimeia nesta quinta e hastearam uma bandeira russa o que parece demonstrar a discordância com o atual governo
Foto: Reuters

O grupo hasteou uma bandeira da Rússia no prédio, o que demonstraria a discordância em relação ao atual governo e as novas regras do país. Ainda não se sabe a identidade dos homens armados, que ainda não fizeram exigências. No entanto, testemunhas disseram que “eles se parecem russos e podem ser do grupo separatista que apoia a integração com a Rússia”.

Os edifícios foram invadidos pelo grupo armado por volta das 4h manhã desta quinta-feira, de acordo o primeiro-ministro da Crimeia, Anatoly Mogilyov, que apoia o ex-presidente Viktor Yanukovych.

A agência de notícias Interfax falou sobre a invasão ao parlamento com uma testemunha, que disse que o grupo era formado por cerca de 60 pessoas que portavam muitas armas. Ninguém foi ferido no momento da invasão.

"Quando a polícia chegou, eles [os homens armados] pareciam assustados. Perguntei-lhes o que eles queriam e me disseram: 'queremos tomar nossas próprias decisões, para não ter Kiev nos dizendo o que fazer'", disse uma testemunha à Reuters. 

Um grupo de cem policiais protegem os arredores do parlamento da Crimeia nesta manhã de quinta-feira. 

Milhares de pessoas se reuniram em frente ao edifício do parlamento nesta quarta-feira, 26. Uma multidão se dividia entre os que apoiam o novo governo e aqueles que pedem a integração com a Rússia. Duas pessoas foram mortas e mais de 35 ficaram feridas em confrontos, segundo o ministro da saúde da Crimeia. 

A Crimeia é a única região da Ucrânia com a maioria étnica russa, formando grande parte da oposição à nova liderança política em Kiev, após a derrubada do presidente Viktor Yanukovich no sábado, 22. 

O presidente da Rússia, Vladmir Putin, ignorou pedidos dos russos da Crimeia para recuperar o território entregue à Ucrânia soviética pelo líder comunista soviético Nikita Khrushchev, em 1954.

Os EUA disseram que qualquer ação militar russa no país seria um erro grave.  Porém, o ministério das relações exteriores da Rússia enviou um comunicado dizendo que Moscou iria "defender seus compatriotas e reagir sem compromisso a qualquer violação de seus direitos". O ministro manifestou preocupação com "a grande escala de violações dos direitos humanos, ataques e vandalismo" na ex-república soviética.

Com informações da Reuters.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/mundo/crise-na-ucrania/" data-cke-710-href="http://noticias.terra.com.br/mundo/crise-na-ucrania/">veja o infográfico</a>

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Fonte: Terra
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