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Ucrânia acusa rebeldes de remover 38 corpos do voo MH17

Governo afirma que milicianos estão levando corpos para a cidade de Donetsk

19 jul 2014 - 07h02
(atualizado às 10h16)
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<p>Rebeldes pró-Rússia são suspeitos de mexer em corpos de avião derrubado</p>
Rebeldes pró-Rússia são suspeitos de mexer em corpos de avião derrubado
Foto: Maxim Zmeyev (UKRAINE - Tags: POLITICS TRANSPORT DISASTER CIVIL UNREST) / Reuters

O governo da Ucrânia denunciou neste sábado que rebeldes pró-Rússia removeram 38 corpos do local do onde caiu o voo MH17 da Malaysia Airlines com quase 300 pessoas a bordo. Até o momento, todas as informações levam a crer que o avião foi derrubado por um míssivel, mas ainda não há indícios sobre a origem do disparo.

"Milicianos armados afastaram as equipes de resgate e os deixaram sem meios de comunicação. Levaram os corpos em um caminhão. De acordo com os milicianos, os corpos serão levados para a cidade de Donetsk", informou uma fonte do governo da região onde aconteceu o acidente, citada pela imprensa ucraniana.

O governo ucraniano disparou também contra a Rússia e acusou o país vizinho de ajudar aos separatistas "a destruir as provas de um crime internacional". "Nos dirigimos à comunidade internacional e exigimos que a Rússia retire seus terroristas, para permitir que analistas ucranianos e internacionais investiguem as circunstâncias da tragédia", diz comunicado do governo ucraniano.

Kiev acusou os pró-russos de "impedir que as autoridades competentes da Ucrânia iniciem a investigação". "Além disso, os terroristas buscam transporte de grande envergadura para transferir os restos do avião à Rússia", denunciou o gabinete de ministros ucraniano.

O Executivo ucraniano, em discurso que não admite outras versões do acidente que não seja a de ataque dos pró-russos, advertiu aos separatistas e a Moscou das consequências que deverão enfrentar. "Não haverá perdão para os criminosos internacionais, nem para aqueles que apoiam esses terroristas, que os treinaram, financiaram e forneceram armas", aponta nota.

O governo ucraniano e os rebeldes se acusam pela derrubada do avião malaio desde pouco depois da divulgação da tragédia. Kiev, além disso, acusou o governo russo de estar envolvido no ataque. O ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, negou as acusações da Ucrânia e acusou o governo de Kiev de mentir para exercer pressão sobre a investigação. Pouco depois, o governo dos Estados Unidos apontou que milicianos pró-russos e Moscou como responsáveis pela catástrofe.

Foto: Arte Terra

EFE   
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