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Ucrânia alega trégua da Páscoa; separatistas estão firmes

Governo ucraniano prometeu não atacar separatistas pró-Rússia durante feriado de Páscoa, enquanto EUA ameaçam Rússia com mais sanções caso não haja rendição

19 abr 2014 - 12h40
(atualizado às 12h41)
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Foto: Reuters

O governo ucraniano disse que não vai atacar os separatistas pró-Rússia durante o fim de semana da Páscoa, enquanto seu aliado americano ameaçou impor novas sanções a Moscou se os militantes não se renderem.

O Kremlin nega ter controle sobre os homens armados que querem que suas regiões orientais sigam a Crimeia e sejam anexadas pela Rússia. Moscou repreendeu Washington por tratar a Rússia como um "estudante culpado" depois do acordo em Genebra na quinta-feira, que determina que os militantes pró-Rússia precisam depor as armas e desocupar os edifícios ocupados.

O governo da Ucrânia, com falta de efetivo militar, mostrou poucos sinais de que está tentando recapturar os prédios do governo, delegacias de polícia e outros locais que foram invadidos ao longo das duas últimas semanas, apesar de anunciar o lançamento de uma "operação antiterrorista".

O Ministério do Exterior prometeu "a suspensão da fase ativa da operação antiterrorista" entre uma lista de iniciativas do governo divulgadas na noite de sexta-feira, para atenuar a crise. A porta-voz do SBU - serviço de segurança do país, disse no sábado que a suspensão tem "relação com a implementação do acordo de Genebra e a celebração da Páscoa."

"A operação antiterrorista foi suspensa durante a Páscoa e não vamos utilizar a força contra eles nesse momento", o ministro do exterior Andriy Deshchytsia.

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Na sexta-feira feiram, ele advertiu os militantes que "ações mais concretas" poderão ser tomadas na semana que vem, caso eles não comecem a se render para as equipes de paz internacionais.

Deshchytsia se reuniu com autoridades da OSCE, um órgão de segurança que inclui membros da Otan e da Rússia, em Kiev, no sábado. A OSCE vai supervisionar a implementação do acordo de Genebra, no qual Rússia, Ucrânia, EUA e UE concordaram com um processo de desarmamento e com o fim das ocupações, como parte de um programa maior para acalmar a mais grave crise Leste-Oeste desde o fim da Guerra Fria.

Um alto funcionário da OSCE vai viajar para Donetsk, a maior cidade do leste de língua russa, mais tarde, no sábado. Autoridades da OSCE disseram que até agora não houve nenhuma indicação por parte dos militantes que exista a "vontade política" de desistir.

Na sexta-feira, os lideres separatistas disseram que a assinatura da Rússia no acordo de Genebra não tinha valor legal para eles. Moscou nega as afirmações ocidentais de que está controlando os ativistas ucranianos.

Depois de semanas de amargas recriminações mútuas, Vladimir Putin acenou com a perspectiva de melhores relações com o Ocidente no sábado, mas o presidente russo deixou claro que isso vai depender das concessões de seus adversários na crise sobre a Ucrânia.

"Acho que não há nada que impeça uma normalização e uma cooperação normal", disse, durante uma entrevista que será transmitida pela TV estatal russa.

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