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Ucrânia aprova autonomia das regiões separatistas do leste

Os deputados também aprovaram um projeto de lei de anistia para os combatentes envolvidos no conflito no leste da Ucrânia

16 set 2014 - 08h00
(atualizado às 09h14)
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Poroshenko mostra documento de acordo da Ucrânia com a União Europeia
Poroshenko mostra documento de acordo da Ucrânia com a União Europeia
Foto: Valentyn Ogirenko / Reuters

O Parlamento ucraniano aprovou nesta terça-feira um projeto de lei que garante maior autonomia para as regiões separatistas pró-Rússia do leste do país e prevê eleições locais nas áreas em 7 de dezembro.

Os deputados também aprovaram um projeto de lei de anistia, sob certas condições, para os combatentes envolvidos no conflito no leste da Ucrânia, onde um frágil cessar-fogo entrou em vigor no dia 5 de setembro. No entanto, a anistia não se aplicará às pessoas supostamente envolvidas na derrubada do avião malaio que caiu em 17 de julho na região de Donetsk com quase 300 pessoas a bordo.

O projeto de lei sobre um "estatuto especial" compreende a instauração de um governo autônomo provisório de três anos a partir da adoção do texto. 

Além disso, Kiev propõe oferecer o livre uso do russo ao sudeste em uma tentativa de transformar o atual cessar-fogo em uma paz duradoura.

A Rada também deve votar hoje o Acordo de Associação com a União Europeia cuja implementação foi adiada na sexta-feira até o ano 2016.

Os separatistas haviam anunciado que rejeitariam a oferta de Kiev para mais autonomia e que exigiriam a independência.

Após meses de ameaças russas de revogar as medidas preferenciais nas relações comerciais russo-ucranianas no marco da pós-soviética Comunidade dos Estados Independentes (CEI), a UE, a Ucrânia e a Rússia decidiram na sexta-feira em Bruxelas pelo adiamento da aplicação do Acordo de Associação.

Parlamento da Ucrânia ratifica acordo histórico com UE

O Parlamento da Ucrânia ratificou nesta terça-feira um acordo histórico de associação política e comercial com a União Europeia, cuja rejeição em novembro pelo então presidente Viktor Yanukovich levou à sua saída do poder.

O acordo, cuja ratificação foi sincronizada com a do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, ganhou o apoio unânime dos 355 deputados que participaram da votação.

Referindo-se às mortes de manifestantes antigoverno que se opuseram à decisão de Yanukovich de rejeitar o pacto com a UE e aos soldados mortos na luta contra os separatistas no leste do país, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse: "Nenhuma nação jamais pagou um preço tão alto para se tornar europeia."

Com informações da EFE e AFP. 

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Fonte: Terra
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