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Europa

Ucrânia: ataque em Donetsk e libertação de líder em Lugansk

17 mai 2014 - 13h05
(atualizado às 13h06)
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Após ataque de um grupo de separatistas pró-russos, os guardas fronteiriços ucranianos libertaram o governador autoproclamado da região de , Valeri Bolotov. Ele havia sido detido também neste sábado em um posto de controle. Havia uma ordem de detenção contra ele emitida pelos serviços de segurança ucranianos (SBU), afirmou a guarda fronteiriça ucraniana em um comunicado.

Pouco depois da prisão do governador, 200 indivíduos armados cercaram o posto de controle e exigiram a libertação de Bolotov. Após uma hora de negociações, os criminosos "atacaram disparando e lançando granadas", segundo os guardas fronteiriços. "Conseguiram arrancá-lo das mãos", conclui o texto.

"Conseguimos libertar Bolotov após um tiroteio que durou 15 minutos", declarou Volodymyr Gromov, responsável pelo exército do sudeste, em uma coletiva de imprensa em Lugansk, segundo a agência Interfax Ucrânia.

Também neste sábado foi confirmado que um grupo de soldados da Guarda Nacional da Ucrânia mudou de lado e anunciou lealdade aos rebeldes pró-russos na região de Donetsk. O movimento foi reconhecido pela Guarda, criada após o presidente Viktor Yanukovich ser deposto. O fato tem relevância uma vez que grupos armados pró-russos decretaram a soberania das regiões de Donetsk e de Lugansk após os referendos de 11 de maio, que foram considerados ilegais pelo governo de Kiev e pelos países ocidentais.

A deserção do grupo da Guarda Nacional aconteceu ontem e foi investigada pela Procuradoria Geral da Ucrânia. Pelas informações, um grupo de 130 insurgentes pró-russos armados devastou o quartel-general da Guarda em Donetsk. “Devido à traição de um grupo de soldados profissionais, que juraram lealdade à (autoproclamada) república popular de Donetsk, e para não permitir o derramamento de sangue, os comandantes da Guarda Nacional decidiram recuar seus soldados, junto com as armas e blindados a outro quartel”, assinala um comunicado do corpo militar.

O comando desmentiu que eles tivessem levado 200 fuzis automáticos, embora reconheçam o desaparecimento de pistolas.

O chamado "Exército Unido do Sudeste", braço armado da autoproclamada república popular de Lugansk, se uniu neste sábado aos pró-russos de Donetsk.  "Nós, o Exército do Sudeste, nos dirigimos a todos os que vieram a nossa terra para fazer a guerra: soldados das Forças Armadas da Ucrânia, a Guarda Nacional, membros do Pravi Sektor (Setor de Direitas). Pedimos que abandonem o mais rápido possível o território da república popular de Lugansk", declarou o chefe de contra-espionagem desse corpo paramilitar, Vladimir Gromov.

Em Donetsk, que se autoproclamou ontem república parlamentar, os milicianos pró-russos deram um ultimato às forças ucranianas e prometeram "destruir" as unidades mandadas por Kiev se estas não se retirarem da região. "Se os blindados e as demais equipes não se retirarem de Donetsk e dos postos de controle, tudo será destruído", disse o subchefe dos milicianos da recente república, Sergei Zdriliuk.

Com informações das AFP e EFE 

Fonte: Terra
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