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Europa

Ucrânia avança contra rebeldes antes de reunião de ministros

Petro Poroshenko se recusou a renovar o cessar-fogo e ordenou uma ofensiva do governo para “responder aos terroristas, militantes e saqueadores”

2 jul 2014 - 11h07
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<p>Um separatista pr&oacute;-R&uacute;ssia&nbsp;monta guarda em&nbsp;um posto de controle&nbsp;rodovi&aacute;rio fora da cidade de Lysychansk, na regi&atilde;o de Lugansk, em 24 de junho</p>
Um separatista pró-Rússia monta guarda em um posto de controle rodoviário fora da cidade de Lysychansk, na região de Lugansk, em 24 de junho
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters

Forças do governo ucraniano prosseguiram com uma ofensiva militar contra separatistas nesta quarta-feira, à medida que Ucrânia, Rússia, Alemanha e França se preparavam para uma reunião de ministros a fim de tentar controlar a crise no leste do país.

Rebeldes lançaram foguetes e conseguiram danificar um avião de ataque SU-24, disse um porta-voz militar, e um guarda de fronteira da Ucrânia foi morto por um ataque de morteiro em seu posto na divisa com a Rússia.

“As forças armadas e a Guarda Nacional estão prosseguindo com a ofensiva contra terroristas e criminosos. As ações de nossos militares são eficazes e estão dando resultados”, disse o presidente do Parlamento, Oleksander Turchynov.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, sob pressão interna para adotar uma linha dura contra separatistas que têm combatido as forças do governo desde abril, se recusou a renovar o cessar-fogo na segunda-feira à noite, e ordenou uma ofensiva do governo para “responder aos terroristas, militantes e saqueadores”.

A medida teve apoio dos Estados Unidos, mas foi criticada pelo presidente russo, Vladimir Putin, que disse que o recém-eleito líder ucraniano se desviou do caminho para a paz.

O levante separatista ganhou força no leste ucraniano, de língua russa, em abril, quando rebeldes tomaram prédios e pontos estratégicos na região, declarando “repúblicas populares” e dizendo que queriam a união com a Rússia.

Até 30 de junho um total de 191 ucranianos das forças de segurança tinham sido mortos, incluindo 145 soldados, disse nesta quarta-feira Andriy Lytsenko, porta-voz do conselho nacional de segurança e defesa. Centenas de civis e rebeldes também foram mortos.

Em uma nova tentativa de tentar estancar a crise, que resultou no pior embate entre a Rússia e o Ocidente desde o fim da Guerra Fria, ministros das Relações Exteriores da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França tinham planos de se reunir em Berlim nesta quarta-feira.

Diplomatas alertaram contra expectativas de algum avanço.

“Não há um objetivo preciso. É uma oportunidade para trabalhar em esforços de paz, mas não queremos criar expectativas”, disse uma fonte diplomática francesa na terça-feira.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, apoiou a ideia da reunião com seus colegas francês, Laurent Fabius, e ucraniano, Pavlo Klimkin, durante uma conversa por telefone com o ministro alemão Frank-Walter Steinmeier na noite de terça-feira, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Poroshenko, que acusa a Rússia de atiçar o conflito e permitir que combatentes e equipamentos cruzem a fronteira para apoiar seus rivais, não renovou um cessar-fogo unilateral que já durava 10 dias.

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