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Ucrânia confirma que Rússia retirou parte de tropas do leste

Segundo o presidente da Ucrânia 70% dos militares russos saíram do território do país

10 set 2014 - 07h47
(atualizado às 07h47)
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<p>Presidente da Ucrânia disse que a Rússia retirou a maior parte de tropas do leste do país - governo russo nega presença militar </p>
Presidente da Ucrânia disse que a Rússia retirou a maior parte de tropas do leste do país - governo russo nega presença militar
Foto: Andrew Winning / Reuters

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou nesta quarta-feira que a maior parte das tropas russas presentes na Ucrânia deixou o território, cinco dias depois do início de um cessar-fogo para acabar com o conflito no leste do país.

"Segundo as últimas informações que recebi de nossos serviços de inteligência, 70% das forças russas se retiraram", declarou o presidente ao conselho de ministros", segundo o site do governo.

"Isto nos permite confiar na iniciativa de paz", disse, em referência ao "protocolo" de cessar-fogo assinado na sexta-feira entre Kiev e os rebeldes pró-Rússia para acabar com cinco meses de conflito, que provocou 2.600 mortes.

A Otan pediu no mês passado a Moscou o fim das "ações militares ilegais" na Ucrânia, depois de afirmar que 1.000 soldados russos combatiam em território ucraniano e que 20.000 estavam posicionados ao longo da fronteira.

A Rússia nega ter enviado tropas à Ucrânia.

Troca de prisioneiros é adiada para quinta-feira

Uma troca de prisioneiros entre as milícias separatista pró-russas e as tropas ucranianas prevista para esta quarta-feira foi adiada até amanhã, anunciou um porta-voz da autoproclamada república popular de Donetsk, no leste da Ucrânia.

"Hoje não haverá nada, a troca foi adiada até amanhã", disse um representante do comando das milícias na cidade de Donetsk citado pelas agências russas.

As partes em conflito tinha concordado trocar 36 prisioneiros de cada lado.

Segundo o comando das milícias, a troca foi adiada porque "Kiev não cumpre os acordos em uma série de pontos".

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, descartou hoje que a concessão de um "status especial" às regiões controladas pelos pró-Rússia seja um passo para uma estrutura federal do país ou a perda parcial de soberania sobre as regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk.

O status especial para essas zonas é um dos 12 pontos do acordo alcançado em Minsk no último dia 5, que permitiu estabelecer um regime de cessar-fogo na zona do conflito, que está, de modo geral, sendo cumprido.

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