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Ucrânia convoca guarda nacional e alerta separatistas pro-Rússia

16 mar 2014 - 13h47
(atualizado às 14h51)
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Os novos governantes da Ucrânia anunciaram neste domingo uma convocação para recrutar 20 mil homens para compor a recém-criada Guarda Nacional, acusando a Rússia de enviar "viajantes" causadores de problemas para incitar o separatismo no país.

Mantendo o nível de tensão, enquanto os líderes pró-Rússia da Crimeia encenaram um referendo para que a península se separe e fique com a Rússia, o primeiro-ministro Arseny Yatseniuk prometeu levar à justiça todos aqueles que estavam tentando destruir a independência da Ucrânia, "com a cobertura de tropas russas".

Mais cedo, o ministro da defesa interino Ihor Tenyukh disse que a Rússia seguia a postos com um reforço militar na Crimeia, violando um acordo que cobre os direitos de basear a sua frota no Mar Negro, que existe desde os tempos da União Soviética.

No lugar do limite aprovado de 12.5 mil soldados russos na Crimeia, Moscou tem agora 22 mil homens lá, explicou ele. "Essa é uma violação grosseira de acordos bilaterais e é a prova de que a Rússia tem trazido suas tropas ilegalmente para o território da Crimeia", ressaltou Tenyukh.

Mais tarde, ele disse aos jornalistas que os Ministérios da Defesa de Kiev e de Moscou haviam declarado uma trégua até 21 de março, durante a qual as tropas russas, que chegaram de navio e helicóptero, deixariam as instalações militares ucranianas intocadas.

Yatsenyukh, que acabou de voltar de uma viagem aos EUA onde recebeu manifestações de apoio moral, mas nenhuma oferta de armas, pediu aos ucranianos que se alistem para servir na embrionária Guarda Nacional.

"Ela (a Guarda Nacional) terá centros de treinamento e armas legais serão distribuídas. Vocês terão a oportunidade de defender o país com as tropas da Guarda Nacional e das forças de segurança", disse ele durante uma reunião de gabinete.

Ele fez uma dura advertência aos "cabeças" que incitam a divisão na ex-república soviética e que estão tentando destruir a independência da Ucrânia, "com a cobertura das tropas russas."

"Vamos encontrá-los, mesmo que leve um ou dois anos, e vamos levá-los à justiça e julgá-los em tribunais ucranianos e internacionais. O chão vai queimar sob seus pés", disse.

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