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Europa

Ucrânia criará corredores humanitários para civis no leste

Governo deverá fornecer transporte, alimentação e atendimento médico aos deslocados

10 jun 2014 - 06h16
(atualizado às 08h19)
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<p>Petro Poroshenko ordenou a criação de corredores humanitários para que os civis possam sair das áreas de combate no leste da Ucrânia e solicitou ao governo que organize o transporte, a alimentação e o atendimento médico dos deslocados</p>
Petro Poroshenko ordenou a criação de corredores humanitários para que os civis possam sair das áreas de combate no leste da Ucrânia e solicitou ao governo que organize o transporte, a alimentação e o atendimento médico dos deslocados
Foto: AP

O presidente ucraniano Petro Poroshenko ordenou a criação de corredores humanitários para que os civis possam sair das áreas de combate no leste do país, anunciou o governo.

"Para evitar novas vítimas na área da operação antiterrorista, o presidente solicitou aos comandantes das forças de segurança que criem todas as condições necessárias para os civis que desejam partir", afirma um comunicado da presidência.

Poroshenko solicitou ao governo que organize o transporte, a alimentação e o atendimento médico dos civis. Também determinou que as administrações locais recebam as pessoas deslocadas.

A decisão foi anunciada após uma reunião do presidente com as autoridades das forças de segurança, assim como representantes dos ministérios do Interior e da Defesa e do Departamento de Situações de Emergência.

Mas apesar das recentes palavras do presidente sobre a necessidade de "declarar um cessar-fogo nesta semana", os combates continuam nas localidades de Slaviansk, Kramatorsk e Krasni Liman, redutos da rebelião pró-Rússia contra Kiev na região de Donetsk.

A imprensa ucraniana informou sobre a morte nesta madrugada de 40 milicianos em um fracassado ataque dos rebeldes a um posto da Guarda Nacional da Ucrânia nos arredores de Kramatorsk.

Os insurgentes admitiram apenas três mortos em suas fileiras e denunciaram a morte de vários cidadãos desarmados em Slaviansk nas últimas horas.

O próprio Poroshenko liderou nos últimos dois dias várias reuniões do grupo de contato para o plano de paz para Donetsk e Lugansk, integrado além disso pela emissária da OSCE para a Ucrânia, a suíça Haidi Tagliavini, o embaixador russo em Kiev, Sergei Zurabov, e o embaixador ucraniano na Alemanha, Pavel Klimkin.

A criação do grupo de contato foi estipulado na sexta-feira na Normandia (França) por Poroshenko e o presidente russo, Vladimir Putin, que em um gesto de boa vontade ordenou o reforço da vigilância da fronteira entre ambos os países para evitar incursões ilegais procedentes da Rússia em direção ao território ucraniano.

O plano de paz para as duas regiões rebeldes, anunciado pelo presidente ucraniano durante sua posse, contempla conceder status regional para a língua russa, maior autonomia para as regiões e uma anistia para milicianos que não tenham cometido delitos de sangue.

As medidas não preveem, no entanto, que o país se torne federativo e uma negociação com os líderes separatistas, que Kiev classifica como terroristas e criminosos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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