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Ucrânia denuncia morte de 5 soldados apesar de cessar-fogo

De acordo com o governo, milícias atacaram até 88 vezes as posições governamentais em Debaltsevo, estratégica cidade onde seis mil soldados ucranianos estão cercados por forças inimigas

16 fev 2015 - 09h50
(atualizado às 10h00)
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Membros das forças armadas ucranianas são vistos não muito longe de Debaltseve, no leste da Ucrânia, em 15 de fevereiro
Membros das forças armadas ucranianas são vistos não muito longe de Debaltseve, no leste da Ucrânia, em 15 de fevereiro
Foto: Gleb Garanich / Reuters

Cinco soldados ucranianos morreram nas últimas 24 horas em combates com as milícias pró-russas apesar do cessar-fogo que entrou em vigor na madrugada de sábado para domingo, informou o comando militar nesta segunda-feira.

"Nas últimas 24 horas, como resultado de combates perdemos cinco soldados ucranianos e outros 25 ficaram feridos", disse Andrei Lisenko, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa.

Lisenko detalhou que as baixas aconteceram entre 6h de domingo e 6h de hoje, e acusou as milícias rebeldes de violarem 112 vezes o cessar-fogo estipulado em 13 de fevereiro na cúpula de Minsk.

Segundo o boletim de guerra ucraniano, as milícias atacaram até 88 vezes as posições governamentais em Debaltsevo, estratégica cidade onde seis mil soldados ucranianos estão cercados por forças inimigas.

Ele ainda acusou os insurgentes de impedirem o acesso dos observadores da missão especial da OSCE para a Ucrânia, encarregados de supervisionar o cessar-fogo, à essa cidade.

Por esse motivo, Lisenko ressaltou que Kiev não está disposta a retirar o armamento pesado, o segundo ponto do acordo assinado em Minsk e que deveria começar em no máximo 48 horas depois da entrada em vigor do cessar-fogo.

"A condição para a retirada do armamento pesado da linha de separação é o cessar-fogo. 112 ataques não são um indicador de cessação das hostilidades", disse.

Os separatistas pró-Rússia também advertiram que não há condições para a retirada do armamento pesado.

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EFE   
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