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Europa

Ucrânia: Donetsk e Lugansk se unificam como Novorossia

24 mai 2014 - 13h24
(atualizado às 13h25)
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<p>"Chamaremos nosso estado Novorossía. Nele ingressarão as oito regiões do sudeste da Ucrânia", disse Pavel Gubarev, autoproclamado governador de Donetsk</p>
"Chamaremos nosso estado Novorossía. Nele ingressarão as oito regiões do sudeste da Ucrânia", disse Pavel Gubarev, autoproclamado governador de Donetsk
Foto: AFP

As autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk se unificaram neste sábado sob o nome de Novorossia (Nova Rússia), um dia antes das eleições presidenciais na Ucrânia.

A cerimônia de unificação aconteceu em um hotel de Donetsk, a capital da homônima região russófona, na presença de representantes de outras regiões do sudeste ucraniano: Odessa, Jerson, Nikolayev, Dnipropetrovsk e Zaparozhie.

Os signatários foram o primeiro-ministro da república popular de Donetsk, Aleksandr Borodai, um cidadão russo, segundo Kiev, e o líder separatista e chefe do legislativo de Lugansk, Alexei Kariakin, informou a imprensa local.

"Chamaremos nosso estado Novorossía. Nele ingressarão as oito regiões do sudeste da Ucrânia", disse Pavel Gubarev, autoproclamado governador de Donetsk. A assinatura do documento ocorreu a portas fechadas, sob rígidas medidas de segurança e com a presença do canal de televisão russa Rossiya-24.

Os insurgentes reconheceram uma divisão entre os que apoiavam o ato de unificação de hoje e os que defendem incluir na Novorossia as oito regiões do sudeste ucraniano de maioria russa.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin foi o primeiro a falar publicamente de Novorossia, em referência aos territórios do leste da Ucrânia próximos ao Mar Negro e controlados desde o século XVIII pelo império russo em tempos de Catarina, a Grande.

Os rebeldes propõem boicotar as eleições presidenciais do próximo domingo, nas quais foram convocados cinco milhões de eleitores de Donetsk e Lugansk. Em ambas as regiões os rebeldes bloquearam as zonas eleitorais e roubaram urnas e listas de eleitores, e nem sequer cédulas foram impressas pois os insurgentes roubaram todas as prensas.

A Rússia não respondeu aos pedidos dos insurgentes para que reconheça sua independência, declarada após os referendos separatistas de 11 de maio.

EFE   
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