Ucrânia: em crise, governo diz ter matado 300 separatistas
Conflito continua na região; segundo os EUA, Rússia mobilizou significativas forças militares perto da fronteira e reuniu tanques adicionais em um local no sudoeste
Os combates se intensificaram pelo segundo dia consecutivo no leste da Ucrânia nesta sexta-feira, um dia depois de pesados confrontos nos quais as forças do governo ucraniano disseram ter matado 300 separatistas.
As cifras de mortos entre os separatistas pró-Rússia não puderam ser confirmadas de modo independente, embora um comandante rebelde tenha dito na quinta-feira que os insurgentes haviam sofrido "fortes perdas" quando sobrepujados por forças do governo apoiadas por blindados pesados.
As forças do governo disseram que sete de seus integrantes foram mortos nos combates de quinta-feira. Nesta sexta-feira, os confrontos ocorreram a cerca de 100 quilômetros a fronteira com a Rússia.
O conflito irrompeu a leste da cidade de Krasny Liman na madrugada de quinta-feira depois que separatistas pró-Rússia se recusaram a depor as armas e aderirem a um plano de paz proposto pelo presidente Petro Poroshenko, segundo as forças do governo.
As tropas governamentais estão gradualmente encurralando os insurgentes na área. Mas os separatistas, que se rebelaram contra o governo central de Kiev depois da derrubada do presidente Viktor Yanukovich, aliado dos russos, ainda controlam a estratégica cidade de Slaviansk.
Vladyslav Seleznyov, porta-voz da "operação antiterrorista" do governo ucraniano, disse que cerca de 300 separatistas foram mortos em combate no entorno dos vilarejos de Yampil e Zakitne, no qual houve fogo de artilharia e ataques aéreos.
"Entre os soldados ucranianos houve sete mortos e 30 feridos. A ação militar continua", disse Seleznyov.
EUA diz que Rússia mobiliza mais forças na fronteira com a Ucrânia
A Rússia mobilizou significativas forças militares perto da fronteira com a Ucrânia e reuniu tanques adicionais em um local no sudoeste, informou um oficial americano sexta-feira.
Washington dispõe de informações segundo as quais forças e equipamentos estão sendo preparados por Moscou "para dar apoio ativo aos combatentes separatistas", ressaltou o alto funcionário do governo dos Estados Unidos.