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Ucrânia: mais de 50 mil policiais trabalharão nas eleições

20 mil voluntários de juntarão às forças de segurança para garantir a segurança no próximo domingo; o país teme ações violentas de separatistas e da Rússia

21 mai 2014 - 10h16
(atualizado em 23/5/2014 às 15h55)
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<p>Candidato favorito à presidência, Petro Poroshenko, encontra simpatizantes a poucos dias da eleição presidencial, em Odessa</p>
Candidato favorito à presidência, Petro Poroshenko, encontra simpatizantes a poucos dias da eleição presidencial, em Odessa
Foto: Reuters

As autoridades ucranianas mobilizarão 55.000 policiais e 20.000 voluntários para garantir a segurança durante as eleições presidenciais antecipadas de domingo, diante do medo de provocações.

Um funcionário do ministério do Interior, Andrei Chaliy, considerou que "a ameaça de uma agressão russa e as ações dos separatistas no leste da Ucrânia, que prometeram impedir o evento eleitoral, colocavam em risco estas eleições".

Os ocidentais consideram estas eleições como uma etapa crucial para solucionar a crise, que deixou dezenas de mortos neste país à beira da guerra civil.

Moscou, acusado por Kiev e pelos ocidentais de apoiar os separatistas pró-russos, desmente qualquer apoio logístico a estes rebeldes armados e coloca em xeque a legitimidade de uma eleição presidencial realizada "no fragor das armas".

O grande favorito, com mais de 30% das intenções de voto, é o multimilionário Petro Poroshenko, que resumiu em uma frase seu programa: "Colocar fim em três meses à crise com a Rússia".

<p>A ex-primeira ministra ucraniana e candidata a presidente Yulia Tymoshenko acena para eleitores na cidade de Konotop</p>
A ex-primeira ministra ucraniana e candidata a presidente Yulia Tymoshenko acena para eleitores na cidade de Konotop
Foto: Reuters

O Parlamento ucraniano, embora tenha adotado na terça-feira uma resolução não vinculante para conceder mais poderes às regiões separatistas e melhorar o status da língua russa, reiterou que Kiev colocará fim à operação militar lançada em 13 de abril no leste se os separatistas depuserem suas armas.

No entanto, a Rússia pediu para ir mais longe e "colocar fim às operações militares" com o objetivo de "buscar os meios para chegar a uma verdadeira unidade nacional", declarou o vice-ministro das Relações Exteriores, Grigori Karasin, citado pela agência russa Ria Novosti.

Foto: Arte Terra

Entenda a crise na Ucrânia Entenda a crise na Ucrânia

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