Ucrânia: novos confrontos deixam pelo menos 21 mortos em Kiev
Diversos corpos amanheceram espalhados pelas proximidades da Praça da Independência e prédios públicos foram evacuados em função das manifestações. Com as mortes de hoje, a semana de protestos intensos já deixa saldo de quase 50 fatalidades
23 de fevereiro - Ucranianos transformaram ruas de Kiev em santuários improvisados; dezenas de pessoas foram mortas pela polícia, que usou atiradores de elite e metralhadoras Kalashnikov para conter os protestos
Foto: Carlo Allegri / Reuters
23 de fevereiro - Cerimônia em local de morte de manifestantes foi marcada pela emoção em Kiev no dia seguinte à destituição do presidente Viktor Yanukovich - decisão que devolveu um pouco de paz às ruas de Kiev
Foto: Reuters
23 de fevereiro - Ucranianos lamentam o alto número de mortos nos protestos que tomaram as ruas de Kiev. Com flores, eles homenagearam as vítimas de violentos confrontos
Foto: Reuters
22 de fevereiro - Ucranianos comemoram decisão do Parlamento, que acusou presidente de "abandono de funções constitucionais" e destituiu Viktor Yanukovich, convocando eleições presidenciais antecipadas para o dia 25 de maio
Foto: AFP
22 de fevereiro - Ativistas se reuniram nos arredores do Parlamento em Kiev para comemorar o anúncia, que chega no ápice de uma semana de intensos protestos no coração de Kiev. Leia mais -
Foto: AFP
22 de fevereiro - A ex-primeira-ministra ucraniana, Yulia Timoshenko, discursou na Praça da Independência após deixar a prisão e anunciou que será candidata nas eleições presidenciais de 25 de maio. Leia mais -
Foto: AFP
22 de fevereiro - Em gesto simbólico, uma fita preta foi colocada em uma bandeira que combina as bandeiras da Ucrânia e da União Europeia. A simbologia marca um dia de luto nas ruas de Kiev, depois de mais conflitos entre manifestantes e tropas do governo
Foto: Reuters
22 de fevereiro - Manifestantes fazem barricada em uma rua que leva a prédio do governo em Kiev. Em protesto contra o presidente, ucranianos afirmaram que detêm o controle do prédio, enquanto líderes da oposição pressionam por uma renúncia de Viktor Yanukovich
Foto: Reuters
21 de fevereiro - Manifestantes permanecem na Praça da Independência depois de confrontos com a polícia
Foto: Getty Images
21 de fevereiro - Manifestantes voltam a montar barricadas depois de confrontos com a polícia no dia 20
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21 de fevereiro - Manifestante coloca um pneu em chamas em uma barricada, em Kiev
Foto: Getty Images
21 de fevereiro - O clima ainda é de tensão na capital Kiev
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21 de fevereiro - Ucranianos se protegem atrás das barricadas
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21 de fevereiro - A violência explodiu novamente em Kiev enquanto políticos da oposição da Ucrânia participavam de uma reunião com o presidente russo Viktor Yanukovich
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21 de fevereiro - Manifestantes montam barricadas na Praça da Independência, em Kiev
Foto: Reuters
21 de fevereiro - Homem escala barricada montada por manifestantes
Foto: Reuters
21 de fevereiro - Manifestantes permaneciam da praça da Independência enquanto o presidente russo Viktor Yanukovich, membros da oposição e lideranças da União Europeia discutiam uma solução para a crise
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Ativistas oram diante corpos dos manifestantes mortos nos confrontos
Foto: AP
20 de fevereiro - Padres rezaram sob os corpos dos manifestantes mortos nos confrontos com a polícia nesta quinta-feira. Armas de fogo foram utilizadas no dia mais tenso dos últimos meses
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Manifestantes feridos estão sendo levados da Praça da Independência. Os corpos dos mortos na manhã desta quinta-feira foram encontrados na praça, principal palco dos protestos, e na recepção de um hotel
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Corpos de manifestantes podem ser vistos na Praça da Independência, em Kiev. Pelo menos 17 civis morreram na manhã desta quinta-feira. O presidente do país anunciou que "dezenas de policiais também estão mortos"
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Manifestantes feridos estão sendo levados da Praça da Independência. Os corpos dos mortos na manhã desta quinta-feira foram encontrados na praça, principal palco dos protestos, e na recepção de um hotel
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Corpos de manifestantes podem ser vistos na Praça da Independência, em Kiev. Pelo menos 21 civis morreram na manhã desta quinta-feira. O presidente do país anunciou que "dezenas de policiais também estão mortos"
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Manifestantes feridos estão sendo levados da Praça da Independência. Os corpos dos mortos na manhã desta quinta-feira foram encontrados na praça, principal palco dos protestos, e na recepção de um hotel
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Corpos de manifestantes podem ser vistos na Praça da Independência, em Kiev. Pelo menos 21 civis morreram na manhã desta quinta-feira. O presidente do país anunciou que "dezenas de policiais também estão mortos"
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Pelo menos 21 civis foram mortos na manhã desta quinta-feira
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Pelo menos 21 civis foram mortos na manhã desta quinta-feira
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Pelo menos 10 corpos foram deixados no Hotel Ukraine. Os confrontos no país tiveram seu dia mais violento na manhã desta quinta-feira
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Corpos de manifestantes podem ser vistos na Praça da Independência, em Kiev. Pelo menos 21 civis morreram na manhã desta quinta-feira. O presidente do país anunciou que "dezenas de policiais também estão mortos", segundo informações da Reuters
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Armas de fogo foram utilizadas nos confrontos entre polícia e manifestantes contra o governo na manhã desta quinta-feira. Há pelo menos 21 mortos
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Armas de fogo foram utilizadas nos confrontos entre polícia e manifestantes contra o governo na manhã desta quinta-feira
Foto: Reuters
20 de fevereiro - O presidente ucraniano Viktor Yanovich disse que dezenas de policiais estão mortos depois dos conflitos na madrugada desta quinta-feira
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Padres rezaram sob os corpos dos manifestantes mortos nos confrontos com a polícia nesta quinta-feira. Armas de fogo foram utilizadas no dia mais tenso dos últimos meses
Foto: Reuters
20 de fevereiro - O presidente ucraniano Viktor Yanovich disse que dezenas de policiais estão mortos depois dos conflitos na madrugada desta quinta-feira
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Manifestante mostra rosto um homem morto durante confrontos com a polícia nesta quinta-feira
Foto: AP
20 de fevereiro- Manifestante ferido é levado da Praça da Independência na manhã desta quinta-feira
Foto: AP
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Pelo menos 21 pessoas morreram em novos confrontos entre manifestantes e as forças ucranianas, nesta quinta-feira, em Kiev. Segundo relatos de agências de notícia e repórteres presentes nos protestos, diversos corpos, cobertos com mantas, estavam no chão, no início da manhã, na região da praça da Independência, palco das manifestações que tomam conta do país.
As agências Reuters e AFP relataram que havia corpos de manifestantes mortos em uma área da praça e também em frente aos hotéis Ukraina e Kozatski, que ficam nas proximidades.
Policiais também perderam a vida nos confrontos. O Ministério do Interior informou que um policial morreu e 29 ficaram feridos nos enfrentamentos desta manhã.
Na quarta-feira, 18, Yanukovich e os líderes da oposição chegaram a acordar uma trégua, após o registro de pelo menos 28 mortes durante os confrontos de terça e quarta-feira, o que não foi respeitado.
Evacuação
Os funcionários da sede do governo ucraniano em Kiev deixaram o local na manhã desta quinta-feira, em consequências dos novos confrontos no centro da cidade. "Todos os trabalhadores deixaram o local esta manhã. Recebemos uma ordem oficial", disse uma funcionário, sem revelar detalhes.
A Presidência da Ucrânia culpou nesta quinta-feira os manifestantes por terem dado início à violência, com uso de atiradores, que resultaram em confrontos com a polícia e deixaram ao menos 15 mortos.
Em comunicado do gabinete, o presidente Viktor Yanukovich afirmou que os manifestantes "partiram para a ofensiva, (...) agindo em grupos organizados. Eles estão usando armas de fogo, inclusive atiradores com rifles. Eles estão disparando para matar." A nota, publicada no site da Presidência, diz ainda que o número de mortos e feridos entre policiais chega a "dezenas".
A revolta na Ucrânia teve início há três meses, quando o presidente se recusou a assinar um acordo com a União Européia, deixando o país mais próximo da Rússia. A população se revoltou e diversos confrontos foram registrados. Esta semana, os distúrbios ganharam força na terça-feira, 18. Quase 50 pessoas já perderam a vida nos confrontos, até o momento.