Ucrânia: Obama ameaça novas sanções à Rússia; Putin responde
Obama disse hoje que a Rússia pode evitar novas sanções se mudar de rumo; Putin afirma que as sanções estão prejudicando a economia da Rússia, mas que o dano não é crítico
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feita que mais sanções podem ser aplicadas contra a Rússia se o governo russo não cumprir os termos de um acordo fechado em Genebra na semana passada para reduzir as tensões na Ucrânia.
"Até agora, pelo menos, temos os visto sem cumprir o espírito ou a letra do acordo, em Genebra", disse Obama em entrevista coletiva conjunta após reunião com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
"Nos preparamos para a possibilidade de aplicar sanções adicionais", acrescentou.
Obama disse que a Rússia pode evitar novas sanções se mudar de rumo, mas afirmou que as evidências até agora não o deixam esperançoso de que Moscou irá seguir outro caminho.
"Há sempre a possibilidade de que a Rússia, amanhã, ou depois, inverta seu curso e tenha uma abordagem diferente", disse.
Rússia: sanções prejudicam o país, mas não de forma crítica
O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que as sanções estão prejudicando a economia da Rússia, mas que o dano não é crítico.
"No geral elas estão causando danos, porque os ratings (de crédito) estão sendo revistos, empréstimos podem ficar mais caros e assim por diante. Mas isso não é de caráter crítico", disse Putin sobre as sanções impostas à Rússia pela anexação da península da Crimeia.
Putin também condenou o uso de sanções como um instrumento de política internacional, dizendo que elas prejudicam todos os envolvidos e refletem mal naqueles que as aplicam.
"Elas são prejudiciais para todos, destroem a economia global (e) são desonrosas da parte daqueles que usam esses tipos de ferramentas", disse Putin.